William James Durant (1885 – 1981) foi um filósofo, historiador e escritor norte-americano, conhecido pela autoria e coautoria, com a sua mulher Ariel Durant, da “História da Civilização”.
Durant concebeu a filosofia como perspectiva total e a história sob o ponto de vista holístico ou integral, ou seja, uma visão das coisas sub specie totius, expressão inspirada pela sub specie aeternitatis de Spinoza. Procurou unificar, humanizar e tornar mais acessível o grande corpo de conhecimento histórico – que se havia transformado num corpo muito volumoso e fragmentado em especializações com terminologias “esotéricas” – vitalizando-o para aplicação contemporânea.
Dotado de um exuberante estilo de prosa e considerado um excelente contador de histórias, Durant ganhou um grande número de leitores por causa da natureza e da excelência da sua escrita, que, em contraste com a linguagem académica que rejeitava, é animada, inteligente, carismática, colorida e ornamentada. Max Schuster, co-fundador da editora Simon & Schuster, comentou que a prosa de Durant “implora para ser lida em voz alta”. John Little, que fundou e dirige a Will Durant Foundation e tem dedicado esforços significativos para popularizar as obras do autor no século XXI, ecoa a admiração de Schuster em palavras que o próprio Durant utilizou muitas vezes para descrever algumas das melhores obras da Antiguidade Clássica: “a sua prosa é tão bela que rivaliza com a poesia”.
Will e Ariel Durant foram agraciados com o Prémio Pulitzer de Não Ficção em 1968, e com a Medalha Presidencial da Liberdade em 1977.