Está a chegar o mês do orgulho gay.

Nunca percebi bem porque é que alguém se deve orgulhar da sua orientação sexual, sinceramente. Se eu disser: “Sou heterossexual e com muito orgulho”, isto é de uma parvoíce sem nome. Afinal, não escolhi ser heterossexual. Não trabalhei para isso. Não tenho mérito nisso. O facto não é resultado de qualquer acto nobre ou resolução corajosa. Já nasci assim. O mesmo, claro, se passa com os homossexuais: ser gay ou lésbica ou o que for não é propriamente um triunfo. É uma mera circunstância de carácter genético e/ou cultural (nem quero discutir isso). E, nos dias que correm, é preciso ter mais coragem para assumir a fé cristã do que para sair do armário.

Assim sendo, sempre considerei que o orgulho gay e o mês do orgulho gay e as paradas do orgulho gay constituíam, na minha humilde perspetiva, um puro e simples disparate. Mas também era para o lado que dormia melhor. Se querem subir para cima de camionetas meio nus ou disfarçados de personagens dos Jogos da Fome entre bandeiras do arco-íris, o problema é vosso, e o desastre estético também.

Mais a mais, esta questão lembra-me sempre o célebre quarto parágrafo do “Aviso por Causa da Moral“, que Pessoa redigiu pela pena de Álvaro de Campos, dirigida aos reaccionários estudantes Coimbra e em defesa de António Botto:

Bolas para a gente ter que aturar isto! Ó meninos: estudem, divirtam-se e calem-se. Estudem ciências, se estudam ciências; estudem artes, se estudam artes; estudem letras, se estudam letras. Divirtam-se com mulheres, se gostam de mulheres; divirtam-se de outra maneira, se preferem outra. Tudo está certo, porque não passa do corpo de quem se diverte.

Muito bem. Assunto encerrado? Não.

Nos últimos cinco anos as coisas pioraram deveras: o forçar da doutrina e a sexualização aberrante dos programas educativos para crianças, a normalização do que é obsceno e a agressividade totalitária e dogmática do movimento LGBTQ, a lavagem ao cérebro da opinião pública, acompanhada orquestralmente pelos media e financiada com dinheiros públicos, e a intolerância sobre pontos de vista desviados do pensar correcto edificaram um modelo draconiano que há muito ultrapassou os limites do aceitável.

Até porque se queres fazer política com aquilo que se passa na tua cama (eu nunca iria por aí), terás que estar preparado para a dialéctica da coisa: outros vão fazer política com isso. Vais ter uma quantidade de estranhos a fazer política com o que se passa na tua cama. A tua intimidade passa a coisa pública, matéria para objecções morais, contra-argumentos ideológicos, discursos de assembleia e slogans para arruadas. Uma vez que fazes dos teus hábitos mais íntimos assunto de telejornal, terás necessariamente resultados viscerais, antagónicos e deveras desagradáveis.

E a verdade é que não há em tudo isto qualquer motivo para vaidades ou orgulhos. Há é urgência em combater a desembestada corrupção moral que grassa loucamente. Quando as escolas levam crianças para um espectáculo de streeptease de transexuais, que decorre num palco decorado com um neon onde se lê “It’s not gonna lick Itself” (“não se vai lamber sozinho”), estamos perante uma intenção satânica, que deve ser terminada com a máxima rapidez possível.

 

 

Quando as pessoas são censuradas, despedidas e presas por afirmarem que só existem dois sexos ou que um homem não pode engravidar, é absolutamente chegada a altura de fazer parar o obsceno processo. Antes que as trevas triunfem em definitivo.

Paul Joseph Watson ilustra esplendidamente o que aqui é escrito. Preparem-se para o choque frontal com a realidade. Aviso que não vai ser fácil.