Segundo fontes oficiais em Moscovo, dois drones atacaram a residência do presidente russo Vladimir Putin no Kremlin e o Palácio do Senado.
Vários vídeos que aparentemente ilustram o ataque começaram de imediato a circular a circular nos media.
Um vídeo mostra nuvens de fumo branco que se erguem no céu nocturno sobre o Grande Palácio do Kremlin, um edifício do século XIX que serve de residência oficial de trabalho do Presidente russo. Não se ouve qualquer som no vídeo, mas testemunhas afirmaram que ouviram pelo menos uma explosão forte, semelhante a um “trovão”. As pessoas que se encontravam na praça do Kremlin também terão visto faíscas a subir para o céu por cima do muro do Kremlin.
Um outro vídeo não verificado mostra um incêndio no telhado do Palácio do Senado, a segunda residência de trabalho do Presidente no Kremlin. As chamas podem ser vistas a subir perto do topo do telhado.
There were footage of the attack of Ukrainian drones on the Kremlin.
Putin’s work schedule continues as usual – Kremlin
The Russian side reserves the right to take retaliatory measures where and when it sees fit, the Kremlin noted.
https://t.co/WZKs0kp8dg pic.twitter.com/nDi2qWzr5v— Victor vicktop55 (@vicktop55) May 3, 2023
Surgiu também um vídeo que se refere ao momento em que um dos drones atinge o Palácio do Senado. As imagens mostram o veículo aéreo não tripulado (UAV) a aproximar-se do edifício a baixa altitude, antes de explodir mesmo por cima da sua cúpula. A explosão parece não ter causado danos significativos ao edifício, uma vez que até o mastro com a bandeira presidencial permaneceu no lugar após o ataque.
KREMLIN DRONE ATTACK
– Russia says two Ukrainian drones attacked Kremlin overnight
– Drones downed with no victims or material damage to the Kremlin
– Moscow says it was a terrorist attack and attempt on Putin’s life
– Russia says it reserves right to respond when and how it… pic.twitter.com/loZA6c3Fvd
— The Spectator Index (@spectatorindex) May 3, 2023
O canal regional russo TVC publicou outro vídeo, que se pensa ser do ataque, mostrando um drone a sobrevoar a Praça Vermelha antes de explodir sobre o Palácio do Senado. O canal afirmou ainda que os dois aparentes ataques ocorreram com uma diferença de 15 minutos entre si. O primeiro drone atingiu o Palácio do Senado por volta das 02:27, hora de Moscovo, enquanto o segundo caiu nos terrenos do Kremlin por volta das 02:43 de quarta-feira.
O gabinete presidencial russo comunicou o ataque, classificando-o como um “acto terrorista planeado” que visava a residência de Putin. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, esclareceu que o Presidente estava noutro local na altura e que a sua agenda não foi afectada.
As autoridades da cidade de Moscovo proibiram a utilização não autorizada de drones na capital russa, explicando que tais acções poderiam dificultar o trabalho das forças da ordem. A Rússia também afirmou que se reserva o direito de retaliar a este ataque “em qualquer lugar e a qualquer momento que considere necessário”.
Kiev negou a responsabilidade pelo ataque. A Ucrânia “não tem qualquer informação sobre os chamados ataques nocturnos ao Kremlin”, disse o porta-voz do Presidente Vladimir Zelensky, Sergey Nikiforov, aos jornalistas.
No entanto, no final de Março, o chefe do Conselho de Segurança e Defesa Nacional ucraniano, Aleksey Danilov, afirmou no Twitter que a Ucrânia possui “dezenas de modelos” e “milhares de UAV”, incluindo aqueles com um alcance de “mais de 3.000 quilómetros”.
Deste episódio resultam duas conclusões fundamentais: é difícil de acreditar que as forças de segurança de Moscovo e do Senado e do Kremlin permitam que dois drones atinjam instalações críticas do governo do país, com toda a tranquilidade e no espaço de 15 minutos. A outra ilação: se isto é o melhor que a CIA e o Pentágono conseguem fazer, Putin pode dormir sossegado.
Entretanto, vale a pena apreciar a propaganda ucraniana. A hipérbole é de tal forma excessiva que chega a ser hilariante.
📮Ukrainian postal service #Ukrposhta announced the launch of a new stamp after the night attack on the #Kremlin. pic.twitter.com/MDJGVNDGuV
— KyivPost (@KyivPost) May 3, 2023
Relacionados
1 Abr 25
Zelensky rejeita qualquer acordo de paz que implique a cedência de territórios.
O Presidente ucraniano declarou que a Ucrânia não cederá a Moscovo quaisquer territórios que estejam sob o seu controlo. Ficamos assim a saber que só haverá paz quando Zelensky for corrido do poder político ou as tropas russas chegarem a Kiev.
31 Mar 25
Administração Trump: Europa não tem capacidade militar para derrotar os Houthis.
A Europa é superada pelas capacidades balísticas dos houthis, segundo mensagens trocadas entre altos quadros do gabinete de Donald Trump, que pretendem inclusivamente facturar os custos do ataque ao Iémen às nações do velho continente.
28 Mar 25
Zelensky diz que diplomata de Trump “é bom no imobiliário”, mas que “isto é diferente”, e que Putin vai morrer “em breve”.
O presidente ucraniano parece estar a acusar o abuso de cocaína, e decidiu insultar os americanos, Donald Trump e o seu emissário Steve Witkoff, de uma assentada. Não admira que a diplomacia de Kiev aposte agora tudo num suposto cancro de Putin.
28 Mar 25
A sonhar com o apocalipse: UE apela a “kits de emergência” e França publica “Manual de Sobrevivência”.
Na Europa, as elites políticas e militares apostam as vidas humanas e o legado civilizacional de um continente inteiro numa guerra sem vitória possível, porque Vladimir Putin não permite propaganda LGBT nas escolas primárias.
26 Mar 25
General da “força Espacial dos EUA” diz que Satélites chineses executaram manobras “de combate”agressivas e sem precedentes.
As forças armadas dos Estados Unidos dizem ter observado um grupo de satélites chineses a efetuar manobras avançadas em órbita, descritas como “dogfighting”, que podem eventualmente perturbar a funcionalidade dos satélites de outros países.
24 Mar 25
Modus operandi globalista na Ucrânia: Líderes corporativos pedem 8 milhões de imigrantes para substituir os nativos que morreram na guerra.
A fórmula globalista já está em processo na Ucrânia e os líderes corporativos estão a apelar à importação de milhões de imigrantes não ocidentais, para "atenuar a crise demográfica" decorrente da guerra com a Rússia.