No Reino Unido são presas em média 9 pessoas por dia, por “crimes” de discurso online. Na Escócia, Humza Yousaf, o infame fascista que o SPN (Scottish National Party, actualmente no poder) colocou à frente da secretaria da justiça e já tristemente célebre por achar inaceitável que os cargos públicos na Escócia sejam ocupados por escoceses, num país em que cerca de 96% da população é nativa, conseguiu fazer passar no parlamento uma incrível “Hate Crime Bill” que criminaliza a liberdade de expressão até ao ponto em que os cidadãos têm que ter cuidado com o que dizem dentro das suas próprias casas.

E agora a Irlanda está prestes a aprovar um dos projectos lei mais radicais sobre a liberdade de discurso em todo o mundo, que vai encarcerar cidadãos por possuírem material “odioso” nos seus dispositivos digitais e considerar os acusados culpados até prova em contrário.

O nacionalista irlandês Keith Woods publicou no Twitter o texto da lei, com o comentário:

“A Irlanda está prestes a aprovar um dos projectos de lei mais radicais de sempre em matéria de discurso de ódio. A simples posse de material ‘odioso’ nos vossos dispositivos é suficiente para serem condenados a penas de prisão. Além disso, o ónus da prova é transferido para o acusado, que deverá provar que não tinha intenção de utilizar o material para ‘espalhar o ódio’. Esta cláusula é tão radical que até o trotskista People Before Profit se opôs a ela, considerando-a uma violação flagrante das liberdades civis. Tempos sombrios”.

 


Elon Musk repondeu:

“Isto é um ataque massivo à liberdade de expressão”.

 


E Donald Trump Jr. comentou:

“É insano o que está a acontecer no ‘mundo livre.'”

 


Woods retorquiu:

“Obrigado por defenderem a liberdade de expressão! O que está a acontecer no Ocidente é trágico. E agora o cabeça de almôndega Ron [DeSantis] está a assinar legislação sobre discurso de ódio para a Florida num país estrangeiro. Espero que recuperem o vosso país!

 


Sobre a referência a Ron DeSantis, que a troco de apoios financeiros à sua candidatura às primárias do Partido Reublicano foi a Israel assinar uma lei estadual que restringe a liberdade de expressão na Florida, ao criminalizar o discurso anti-semita, o ContraCultura publicará mais adiante um texto específico.

Voltando à República da Irlanda, este país foi, possivelmente, o mais conservador e nacionalista de toda a Europa desde a sua independência em 1916, mas desde que, há duas décadas atrás, a Google, a Apple, o Facebook e outras mega-corporações americanas de ideologia woke e globalista invadiram o país para tirar partido de políticas fiscais favoráveis e mão de obra comparativamente mais barata, a sua tentacular influência conduziu as gerações mais novas, as populações urbanas e as elites económicas a um desvio neoliberal/fascista que agora culmina neste projecto lei que é, de todo em todo, um manifesto totalitário.

Num outro post, Woods abordou essa história recente:

“A Irlanda abraçou o neoliberalismo tanto quanto qualquer pequeno Estado, fazendo crescer a economia com base na sua ‘competitividade’ para as empresas americanas e o capital financeiro. Agora que a transformação numa zona económica global sem identidade está quase completa, a legislação sobre o discurso de ódio e outros temas semelhantes são necessários para garantir que o povo irlandês não possa expressar novamente a soberania sobre a sua pátria.”

 


No início deste ano, a polícia irlandesa anunciou que estava a monitorizar Woods apenas por ter entrevistado o conservador católico Nick Fuentes num podcast sobre actualidade política.

Isto está bonito, está.