Liz Truss, que serviu por semanas como primeira-ministra do Reino Unido em 2022, apelou para que a Ucrânia seja rapidamente integrada na NATO. Num infeliz discurso proferido num evento da Heritage Foundation, Truss declarou:
“Acredito que devemos acelerar a adesão da Ucrânia à NATO. Deveríamos tê-lo feito há anos, mas a melhor altura para o fazer será agora.”
O Kremlin respondeu com firmeza face a estes recentes apelos, que também vieram da liderança polaca e, claro, de funcionários ucranianos, prometendo que o Mar Negro “nunca será o mar da NATO”, de acordo com os meios de comunicação estatais.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse na quinta-feira que
“O Mar Negro nunca será um mar da NATO. Este é um mar comum a todos os Estados costeiros, deveria ser um mar de cooperação, interacção e segurança. A NATO e a desmilitarização são conceitos mutuamente exclusivos. A aliança militar ocidental é uma ameaça à paz e não uma solução para a guerra.”
As referências específicas à “propriedade” do Mar Negro vieram em resposta às palavras provocatórias do Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano Dmytro Kuleba, que exortou as potências aliadas a transformarem o Mar Negro num “mar da NATO”. Ironicamente, Kuleba apelou, ao mesmo tempo, à desmilitarização desta região do globo.
Entretanto no mês passado um drone americano Reaper que sobrevoava o Mar Negro foi interceptado por um par de jactos russos Su-27 Flanker. O drone de 32 milhões de dólares despenhou-se depois de ter sido pulverizado com combustível pelos aviões da força aérea russa.
Na página do Youtube em que o U.S. European Command postou, surpreendentemente, um clip vídeo da ocorrência podemos ler:
“Dois aviões Su-27 russos conduziram uma intercepção insegura e não profissional de uma aeronave MQ-9 não tripulada de inteligência, vigilância e reconhecimento da Força Aérea dos EUA, a operar no espaço aéreo internacional sobre o Mar Negro a 14 de Março de 2023. Os Su-27 russos despejaram combustível e atingiram a hélice do MQ-9, fazendo com que as forças dos EUA tivessem de fazer descer o MQ-9 em águas internacionais.”
Intercepção insegura e não profissional? Nem por isso. A manobra parece até muito bem conduzida, já que eliminou com eficácia o drone sem gasto de munições. E, já agora, o que é que um drone americano de “inteligência, vigilância e reconhecimento” está a fazer no Mar Negro? Está à procura de sarilhos.
Encontrou-os.
Relacionados
27 Nov 24
Ensandecido chefe militar da NATO: “Temos de atacar a Rússia primeiro”.
O mundo está, como nunca, à beira de um conflito apocalíptico. E os militares no Ocidente são os primeiros a deitar gasolina para o incêndio, convictos que sobreviverão para reinar em oligarquia distópica sobre as cinzas.
22 Nov 24
Resposta de Putin: Moscovo revê doutrina nuclear e lança primeiros mísseis ICBM e hipersónicos contra a Ucrânia.
A resposta do Kremlin à decisão de autorizar a Ucrânia a usar misseis de longo alcance norte-americanos em território russo não se fez esperar: Putin assinou uma redefinição da doutrina nuclear russa e misseis de longo e médio alcance já estão a cair sobre a Ucrânia.
20 Nov 24
Presidente da Duma: “Biden quer levar o mundo com ele.”
O Presidente cessante Joe Biden está a levar os Estados Unidos e o resto do mundo com ele para a sepultura, ao agravar o conflito entre Moscovo e Kiev, segundo afirmou na segunda-feira o presidente da Duma, Vyacheslav Volodin.
18 Nov 24
Joe Biden autoriza Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance para atacar o interior da Rússia.
Joe Biden autorizou pela primeira vez a Ucrânia a atacar alvos no interior da Rússia com mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA. A ideia é complicar ainda mais os esforços de paz da administração Trump.
14 Nov 24
EUA autorizam mercenários da CIA a gerir campos de concentração biométricos na Faixa de Gaza.
Uma empresa contratada pela CIA vai implementar um programa com que Israel espera suplantar o domínio do Hamas em Gaza, transformando a apocalíptica paisagem de escombros numa distopia de alta tecnologia.
13 Nov 24
Starmer e Macron já estão a tentar destruir os planos de paz de Trump.
Como feéricos globalistas e obsessivos russo-fóbicos que são, o primeiro-ministro britânico e o presidente francês estão já a desenvolver esforços para comprometer o plano de paz para a Ucrânia do presidente eleito dos EUA.