O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky declarou na semana passada que se a China prestar apoio à Rússia o facto conduzirá à Terceira Guerra Mundial.

Enquanto Joe Biden viajava para Kiev para uma photo op com Zelensky, que até deu direito a sirenes de bombardeamento accionadas apenas para efeitos de dramatização cenográfica, e para lhe entregar mais uma quantidade incontável de dólares, o líder ucraniano proclamou:

“Para nós, é importante que a China não apoie a Federação Russa nesta guerra. De facto, eu gostaria que estivesse do nosso lado. De momento, no entanto, não creio que seja possível”.

Nos comentários ao jornal alemão Die Welt, Zelensky acrecentou:

“Vejo realmente uma oportunidade para a China fazer uma avaliação pragmática do que está a acontecer aqui. Porque se a China se aliar à Rússia, haverá uma guerra mundial, e eu penso que a China está ciente disso”.

 

 

O artigo do Die Welt também observa que Zelenskiy afirma ter dito ao Presidente moldavo Maia Sandu que a Rússia está a planear um golpe de Estado no país, tendo referido que

“Maia Sandu nunca me pediu ajuda, mas agradeceu-me pela informação. Ela conhece muito bem a nossa situação. A Ucrânia estará sempre pronta a ajudar a Moldávia”.

Este é o mesmo retardadp que no ano passado afirmou que a Rússia estava a disparar mísseis contra a Polónia, quando se verificou que se tratava de facto de um míssil ucraniano que aterrou numa área civil, matando duas pessoas. A notícia falsa, também propagada pela Associated Press, não impediu os líderes mundiais de bajularem Zelensky, apoiando-o publicamente no rescaldo imediato do incidente, que poderia ter facilmente desencadeado um conflito global.

Estes últimos desenvolvimentos surgem quando Pequim considera fornecer armas para ajudar a guerra da Rússia contra a Ucrânia. O Secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, comunicou as suas preocupações, numa reunião na Alemanha, ao principal diplomata da China. Wang Yi respondeu aos reparos de Blinken:

“Não aceitamos que os EUA apontem o dedo ou tentem imiscuir-se nas relações China-Rússia. Os EUA, como um país importante, tem todos os motivos para trabalhar para uma solução política da crise na Ucrânia, em vez de alimentar as chamas ou lucrar com isso.”

 

 

Linda Thomas-Greenfield, a Embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, disse também no domingo à CNN que o apoio chinês à guerra de agressão da Rússia na Ucrânia estaria a atravessar uma “linha vermelha”:

 

 

Acrece que a decrépita Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, desmultiplicou-se no fim da semana passada em promessas de sanções e castigos contra Pequim. Estas ameaças serão mais imaginárias do que reais, considerando os interesses que as grandes corporações americanas têm instalados na China, mas não deixam de contribuir para a degradação do ambiente político internacional.

Independente das ameaças dos Estados Unidos, que, como Tucker Carlson reporta, estão a subir de tom a cada dia que passa, o facto é que a China será, no contexto do conflito da Ucrânia, uma aliado natural da Rússia. E só mesmo a disfuncional e patética e desastrada administração Biden poderia conseguir conduzir Pequim a uma inaudita aliança com o Kremlin, que até nos tempos em que as duas potências partilhavam a fé marxista-leninista nunca se concretizou realmente.

A diplomacia americana encontra-se agora em total modo suicidário: há alguém que acredite, até no Pentágono, que os Estados Unidos podem “ganhar” uma guerra contra o bloco sino-russo? Não. Mas o objectivo não é ganhar coisa alguma. O objectivo é destruir tudo.

 

 

Já esta semana Zelensky voltou a recorrer à sua tresloucada retórica de fim dos tempos, afirmando que os americanos terão que enviar os seus filhos para morrer nas planícies orientais da Europa, no caso de uma derrota da Ucrânia.

 

 

Aparentemente é o líder ucraniano que está à frente do Pentágono e que determina, em substituição do inquilino da Casa Branca, quando e em que situações é que os Estados Unidos mergulham directamente num confronto que poderá muito bem ser de natureza terminal para a humanidade.