O gasoduto russo de Druzhba continua a ser um componente chave do aprovisionamento energético da Alemanha.
A Alemanha rompeu completamente com a política de relações estreitas da ex-Chanceler alemã Angela Merkel com Vladimir Putin, que resultava da dependência de Berlim do petróleo e gás de Moscovo. O Chanceler Olaf Scholz conseguiu evitar a importação do petróleo russo no final de 2022, como parte das sanções da União Europeia para punir Moscovo pela invasão da Ucrânia, e importa agora crude do Cazaquistão.
O plano alemão é tecnicamente viável. O crude cazaque da Ásia Central já é bombeado para o sistema russo de oleodutos, onde é misturado com petróleo local e exportado de portos no Mar Báltico e no Mar Negro.
Mas, ainda assim, os alemães não vão escapar ao controlo de Putin, que continua a deter um trunfo que pode perturbar seriamente a economia da Alemanha: o oleoduto de Druzhba, através do qual o petróleo flui do Cazaquistão para a Alemanha, é da Rússia. Todo o processo depende da participação activa do operador estatal russo de oleodutos Transneft PJSC, do Ministério da Energia do país, e, em última análise, do Kremlin.
Portanto, Moscovo controla o oleoduto para a Alemanha, independentemente do petróleo que por essa estrutura possa correr. É verdade que já foram tomadas medidas importantes para reduzir as importações alemãs de petróleo e de gás russos, mas as infra-estruturas fora do controlo de de Vladimir Putin são insuficientes.
A gigantesca refinaria PCK em Schwedt, na Alemanha, que fornece 90 por cento do combustível para Berlim e áreas circundantes, transforma o petróleo que chega através do oleoduto Druzhba. A fábrica, construída quando a Alemanha Oriental se encontrava firmemente na órbita de Moscovo, foi concebida para processar o crude siberiano e ligada aos campos petrolíferos da Rússia através da ampliação de um sistema de oleodutos construído para reforçar o controlo do Kremlin sobre os seus satélites europeus.
Pouca coisa mudou desde a reunificação alemã em 1990. Algum crude pode ser trazido através do porto de Rostock, mas essa rota não tem capacidade para substituir a conduta de Druzhba. As matérias-primas também podem ser trazidas através do porto polaco de Gdansk, utilizando depois a parte mais ocidental do ruzhba, que está fora do controlo de Moscovo.
No entanto, essa rota já é utilizada para fornecer petróleo às refinarias da Polónia e a outra estrutura transformadora alemã em Leuna, perto de Leipzig, o que deixa uma capacidade disponível insuficiente para satisfazer as necessidades da PCK.
Em caso de um escalada da guerra, a economia alemã continua assim a poder ser afectada pelo simples fechar de uma torneira.
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