De forma a “salvar o planeta” de ameaças imaginárias e suportar os custos da guerra na Ucrânia, os cidadãos do Ocidente estão a ser sujeitos a aumentos brutais dos preços das energias e dos produtos alimentares, prevendo-se para o próximo Inverno um cataclismo nas condições de vida de milhões de pessoas na Europa e nos Estados Unidos. 5 milhões de americanos já fugiram entretanto para o México, de forma a escapar ao insustentável custo de vida no seu país. E enquanto a inflacção devora os rendimentos e as poupanças da classe média, os czares ambientalistas, mergulhados no síndroma de Maria Antonieta, recomendam aos cidadãos que se endividem para comprar carros eléctricos e painéis solares.

Para dramatizar o já de si dramático panorama, a inevitável recessão económica é já real nas duas primeiras potências mundiais, apesar das tentativas de redefinição técnica pelos governos e pelos media, e anuncia-se globalmente para o fim deste ano.

Em França, as luzes públicas nocturnas já estão a ser desligadas. Em Espanha, o ar condicionado em espaços públicos não pode descer dos 27º centígrados no Verão e não poderá subir dos 19º no próximo inverno. Na Alemanha, a crise de preços e abastecimento de gás é de tal forma preocupante que o governo está a instalar “espaços de aquecimento” para quem não puder pagar as contas domésticas e precisar de encontrar um sítio quente para sobreviver às baixas temperaturas. Também aqui, os termostatos em edifícios públicos vão ser limitados à temperatura máxima de 19º. Aconselhados a lavarem-se com panos húmidos e a adquirirem carros eléctricos, e confrontados com a situação caricata para um dos países mais prósperos do mundo, os alemães estão a entrar em pânico e desataram a comprar madeira para as lareiras, contribuindo para um problema já existente de desflorestação do país, e aquecedores eléctricos que poderão levar a rede nativa ao colapso total. No entretanto, parece que 60% das famílias alemãs já estão a gastar todo o seu rendimento mensal nos custos exclusivamente relacionados com a habitação, a energia e a alimentação.

Enquanto o desastre se precipita velozmente, o vice-presidente da comissão europeia recomendou aos europeus abdicarem da utilização dos automóveis em favor das bicicletas, tomarem menos duches e deixarem de lavar as suas roupas, como forma de apoiar o esforço de guerra da Ucrânia.

Em nome de um ódio de estimação a Putin e do fervor ambientalista, as elites do Ocidente estão a levar os povos que dirigem à miséria. E a investir loucamente os impostos que os contribuintes pagam com cada vez maior dificuldade em programas de energias renováveis ineficientes, ecologicamente danosos e que não conseguem colmatar, de todo, os deficits energéticos decorrentes das sanções impostas à Rússia, do fecho das centrais nucleares e da cessação de licenças de exploração petrolífera e de gás natural.

Reunidas que estão todas as condições para uma tempestade perfeita, o próximo inverno poderá trazer convulsões sociais, económicas e políticas inimagináveis. A ver vamos.