Um perito em património religioso francês está a fazer soar o alarme:
“Uma mesquita é erguida a cada 15 dias em França, enquanto um monumento cristão [igreja ou edifício] é destruído ao mesmo ritmo”.
Edouard de Lamaze, o presidente do Observatoire du Patrimoine Religieux (Observatório do Património Religioso) em Paris, alertou os meios de comunicação social franceses para o desaparecimento gradual de edificações religiosas cristãs, num dos países da Europa onde a fé católica está mais profundamente enraizada na história e no património monumental, prevalecendo ainda hoje com grande expressão no coração dos crentes.
O aviso de Lamaze seguiu-se ao incêndio de 15 de Abril de 2021, considerado acidental pelas autoridades, que destruiu a Igreja de Saint-Pierre, do século XVI, em Romilly-la-Puthenaye, Normandia, exactamente dois anos após o incêndio que arruinou grande parte da famosa Catedral de Notre Dame de Paris.
Existem cerca de 45.000 locais de culto católicos em França, e uma grande parte deles estão em risco. Lamaze explicou a sua preocupação numa entrevista com a Agência Católica de Notícias:
“Para além de um edifício religioso desaparecer de duas em duas semanas – por demolição, transformação, destruição por fogo, ou colapso – dois terços dos incêndios em edifícios religiosos são devidos a fogo posto. Embora os monumentos católicos ainda existam em números dominantes, uma mesquita é erguida de 15 em 15 dias em França, enquanto um edifício cristão é destruído ao mesmo ritmo, o que cria um ponto de viragem no território que deve ser tido em conta’.
Lamaze acredita que, em média, mais de dois monumentos cristãos são alvos por dia. Dois terços destes incidentes dizem respeito a roubo, enquanto o terço restante envolve profanação.
Números recentes da unidade central de informação criminal francesa indicam que o número de ataques a “locais de culto” católicos, só em 2018, foi de 877.
Estes números multiplicaram-se exponencialmente em apenas 10 anos: enquanto 129 igrejas foram vandalizadas em 2008, em 2018, 5.000 edifícios católicos foram destruídos ou identificados como estando em risco de desaparecer.
Lamaze acusa as autoridades públicas de “negligência profunda” e responsabiliza-as por este estado de coisas, observando que apenas 15.000 sítios católicos “estão oficialmente protegidos como monumentos históricos”, enquanto cerca de 30.000 são deixados ao abandono ou esquecidos e condenados à decadência.
Notre-Dame ou Disney Land?
Depois de ter sido reduzida, em substancial parte, a escombros e cinzas por um incêndio que ainda hoje está por explicar, a Catedral de Notre-Dame, talvez o apogeu arquitectónico da fé católica, vai ser transformada numa espécie de parque temático pagão, que enaltece os novos deuses das elites politicamente correctas: a deusa da diversidade, a deusa da inclusão, a deusa da equidade, o deus do ambientalismo, o deus de todas-as-religiões-são-excelentes-religiões, o deus Black Lives Matter, o deus do globalismo e o deus do capitalismo corporativo, entre outros deuses do universo Disney.
Mais: os planos para tal obscenidade são da autoria da Igreja Católica e não do Estado Francês, que até é, para todos os efeitos legais, o proprietário do monumento. Mas dadas as políticas profundamente anti-cristãs do Papa Francisco, este facto nem devia admirar ninguém.
Assim sendo, o ContraCultura e o Paul Joseph Watson lançam uma pergunta para o éter da consciência ocidental: porque é que as autoridades francesas e até mesmo o Vaticano não movem os seus influentes e ecuménicos tentáculos de forma a inaugurarem concomitantemente um parque temático deste género herético numa mesquita? Isso sim seria equitativo e inclusivo e digno das divindades globalistas que tanto veneram. Isso sim seria honrar os deuses woke nas várias dimensões espirituais da coisa. Há muitas mesquitas em França. Há até mesquitas a mais. Alguma há-de precisar também de obras de remodelação física e conceptual. Vá lá, experimentem. Porque esperam?
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