Uma nova tendência do neo-liberalismo passa pela discriminação fiscal: Na Alemanha, a coligação globalista no poder está finalmente a implementar reduções de impostos… Mas apenas para imigrantes recém-chegados.

 

Até que ponto se pode desprezar os cidadãos do nosso próprio país? O governo de Olaf Scholz responde com um plano fiscal para 2025 que tributa brutalmente os nativos para reduzir substancialmente as contribuições dos imigrantes.

No futuro, os estrangeiros que venham para a Alemanha receberão um generoso desconto nos impostos – menos 30% no primeiro ano após a entrada, 20% no segundo ano e 10% no terceiro ano. Isto é apenas para os “trabalhadores qualificados”, claro, embora essa definição esteja, convenientemente, por determinar.

É uma bofetada na cara de todos os cidadãos alemães que já pagam impostos muito para além do que seria razoável, e que foram afinal quem tem mantido o país a funcionar desde que Bismark teve a péssima ideia de unificar os principados germânicos. A criação da deduções fiscais para os estrangeiros mostra que o Governo globalista já nem sequer tenta esconder a grosseira discriminação que promove entre nacionais e imigrantes.

Esta discriminação contra os próprios cidadãos, expressa na política orçamental e apresentada por um ministro federal das Finanças que a vende orgulhosamente como um êxito, constituiu o auge de uma pesporrente conferência de imprensa interpretada pelos três dirigentes da coligação governamental, Olaf Scholz, Robert Habeck e Christian Lindner. Após os três anos de “redução de impostos”, os estrangeiros terão também direito a um passaporte alemão. Este pode ser levantado de passagem, por assim dizer. E, depois, podem também usufruir de todo o tipo de benefícios sociais, quando a ética de trabalho trazida para o país começar a esmorecer.

E quem se rebelar contra o sistema terá de enfrentar um exército de inúteis financiados pelos contribuintes, provenientes das franjas políticas dos partidos envelhecidos, que gerem portais de denúncia. Se for necessário, Habeck, Baerbock e companhia vão mesmo chamar a segurança do Estado e arrombar portas porque os cidadãos ousaram protestar contra as políticas de ‘diversidade’ e ideologia de género ou estão a gozar com os políticos gordos ou com as suas indumentárias de comissários soviéticos.

É claro que a viragem à direita do país tem de servir de justificação para este orçamento claramente belicoso. No início da conferência de imprensa, Scholz repreendeu esta viragem, talvez porque o seu partido foi completamente derrotado nas eleições europeias, com uns vergonhosos 13,9%.

Agora, a disputa política continua até às próximas eleições legislativas. Nenhum dos partidos da coligação no poder tem espinha dorsal suficiente para pôr fim a este miserável espetáculo. Vai ser uma razia nas próximas eleições estaduais no Leste do país, se entretanto o AfD não for ilegalizado.

É claro que, para sermos justos, o processo de aniquilação da identidade nacional começou realmente com Angela Merkel. Na situação actual, é do seu partido que sairá provavelmente o próximo chanceler, mas não sozinho. Nesse caso, terá inevitavelmente de voltar a juntar-se aos Verdes e ao SPD.  É sabido que os globalistas do centro-direita nunca vão trabalhar com a AfD, pelo que nada vai mudar, a curto e médio prazo.

As perspectivas são, portanto, sombrias. Pelo menos para aqueles nativos que ainda trabalham e pagam impostos na Alemanha. A dada altura, porém, já não serão muitos.