Uma nova sondagem do YouGov mostra que o partido Reform UK de Nigel Farage ultrapassou os conservadores e está agora em segundo lugar nas preferências do eleitorado britânico, atrás do Partido Trabalhista, a poucas semanas das eleições gerais no Reino Unido.

Num vídeo publicado no X (antigo Twitter), Farage saudou a nova sondagem como um “ponto de inflexão” na disputa eleitoral do país.

 

 

Segundo esta sondagem, o Reform UK tem agora 19% das intenções de voto contra 18% dos Tories. Entretanto, o Partido Trabalhista mantém uma liderança confortável com 37% dos votos. Os liberais-democratas, outrora considerados uma força significativa e o terceiro partido na Grã-Bretanha, caíram para o quarto lugar, com apenas 14% de apoio.

Após a divulgação dos resultados da sondagem, Farage comentou os número favoráveis:

“O Times, com o YouGov, acaba de publicar uma sondagem – ultrapassámos os conservadores. Estamos agora na segunda posição no país. De facto, estamos à frente do Partido Conservador em todas as regiões, excepto na Escócia”.

O líder do Reform UK sublinhou que o voto útil à direita deverá agora cair no seu partido:

“Este é o ponto de inflexão. O único voto desperdiçado agora é um voto nos conservadores. Nós somos os adversários dos trabalhistas”.

A nova sondagem surge poucos dias depois de uma outra que colocava o Reform UK em quarto lugar na intenção de voto dos britânicos.

Estes dados eleitorais mais recentes sugerem uma mudança de tendência a favor de Farage e do Reform UK. No sábado, o líder do Brexit declarou que o seu partido não se contentaria em ser apenas um voto de protesto, mas pretende tornar-se a oposição oficial ao Partido Trabalhista.

Ainda assim, estes números não deverão reflectir equivalente presença no parlamento, já que os votos no Reform UK têm tendência a dispersar-se regionalmente, o que prejudica o partido no sistema de círculos eleitorais britânico.

Como o Contra já noticiou, o aparente sucesso da campanha de Nigel Farage, que nem duas semanas de duração ainda tem, apresenta uma factura menos agradável: o candidato populista já foi agredido duas vezes por esquerdistas tresloucados.