Enquanto se prepara para investigar todas as denúncias que irá receber ao abrigo da nova Lei de Crimes de Ódio, a Polícia Escocesa admite que vai deixar de investigar crimes como os de furto e danos materiais.
O projecto-piloto da Police Scotland implica que “mais de 24.000 crimes por ano deixarão de ser atribuídos aos agente na linha da frente”. Que boa ideia. O que é que pode correr mal?
O organismo recusou-se a dizer ao Telegraph quais as infracções que não seriam investigadas, afirmando que isso daria aos criminosos uma “vantagem táctica”. O jornal relata:
“A Polícia da Escócia recusou-se a divulgar os dados, alegando que admitir quais os crimes a que a política se poderia aplicar implicaria o risco de dar a àqueles com intenções criminosas a oportunidade de planear e orquestrar as suas actividades criminosas com o objectivo de evitar a detecção”.
No entanto, o Chefe da Polícia Jo Farrell disse numa reunião da Autoridade Policial Escocesa que algumas formas de roubo e danos criminais não seriam investigadas.
A nova política destina-se a libertar tempo para os agentes se concentrarem noutros “crimes”: os que se relacionam com as fascistas leis sobre a liberdade de expressão que já vigoravam na Escócia e, particularmente, com a draconiana legislação sobre “crimes de ódio” que entrou em vigor ontem, 1 de Abril, e que exigirá recursos adicionais para avaliar cada denúncia.
Farrell admitiu que a nova lei poderia criar “uma procura adicional” e criar uma “implicação de recursos” para a polícia. A lei é tão abrangente que qualquer discurso que se considere ofensivo pode ser denunciado e investigado.
Como o ContraCultura já noticiou, os agentes da polícia foram instruídos, durante o programa de formação sobre a aplicação da nova lei, que até o conteúdo de peças de teatro e espectáculos de comédia deve ser considerado como potencial crime de ódio. Um mero retweet de uma piada de Ricky Gervais sobre pessoas transgénero pode constituir matéria criminal na Escócia dos tempos que correm.
Entretanto, os verdadeiros criminosos ganharam novas perspectivas de sucesso para as suas actividades, já que vão ser deixados em paz pela polícia.
Mundo ao contrário.
Relacionados
1 Abr 25
Distopia do Reino Unido: Criança expulsa da creche por ser ‘transfóbica’.
Uma criança de três anos foi expulsa de um infantário depois de ter sido acusada de "transfobia”. Apenas num ano, 94 alunos de escolas primárias foram suspensos ou permanentemente excluídos por “transfobia ou homofobia” no Reino Unido.
1 Abr 25
Marine Le Pen condenada a 4 anos de prisão e a 5 anos de interdição de actividade política num caso gritante de perseguição judicial.
Marine Le Pen, a mais popular líder política francesa, foi condenada a 4 anos de prisão e 5 anos de suspensão da actividade política, num processo kafkiano. Qualquer europeu que nesta altura acredite que vive em democracia está em definitivo alienado da realidade.
31 Mar 25
Administração Trump: Europa não tem capacidade militar para derrotar os Houthis.
A Europa é superada pelas capacidades balísticas dos houthis, segundo mensagens trocadas entre altos quadros do gabinete de Donald Trump, que pretendem inclusivamente facturar os custos do ataque ao Iémen às nações do velho continente.
31 Mar 25
Scott Adams sugere a criação de um ‘Departamento de Preocupações Imaginárias’ para lidar com as falsas ameaças da esquerda americana.
O criador de 'Dilbert', teve uma ideia brilhante, ao sugerir a criação de um 'Departamento de Preocupações Imaginárias' para lidar com as arrelias dos democratas sobre o apocalipse climático, as ameaças à democracia ou o conluio de Donald Trump com o Kremlin.
31 Mar 25
Áustria: Absolvições e penas risíveis para imigrantes que violaram uma menina.
Um gangue de 17 imigrantes violou brutalmente uma menina austríaca de 12 anos, chegando mesmo a filmar parte dos abusos. Entre os que já foram julgados há um absolvido e outro em liberdade condicional.
28 Mar 25
Zelensky diz que diplomata de Trump “é bom no imobiliário”, mas que “isto é diferente”, e que Putin vai morrer “em breve”.
O presidente ucraniano parece estar a acusar o abuso de cocaína, e decidiu insultar os americanos, Donald Trump e o seu emissário Steve Witkoff, de uma assentada. Não admira que a diplomacia de Kiev aposte agora tudo num suposto cancro de Putin.