O Papa Francisco recebeu um grupo de homens que mudaram de sexo – muitos dos quais são prostitutos imigrantes da América Latina – para um almoço no Vaticano por ocasião do “Dia Mundial dos Pobres” da Igreja Católica, na semana passada.
Como satiriza o Babylon Bee, homens que fingem que são mulheres foram almoçar com um homem que finge ser católico.
Men Pretending To Be Women Go To Lunch With Man Pretending To Be Catholic https://t.co/e2WOqlUKLh pic.twitter.com/oqr32Areoi
— The Babylon Bee (@TheBabylonBee) November 26, 2023
O pontífice e os transexuais estabeleceram uma relação próxima desde que o Papa os ajudou durante a pandemia Covid-19, quando não puderam trabalhar. Agora, reúnem-se mensalmente para visitas VIP com o Papa e recebem medicamentos, dinheiro e cosméticos, segundo a The Associated Press.
Andrea Paola Torres Lopez, um dos membros do grupo de transexuais, disse à AP:
“Antes, a Igreja estava fechada para nós. Não nos viam como pessoas normais, viam-nos como o diabo”.
O convite às mulheres transexuais surge no momento em que o Vaticano divulgou um documento controverso no início deste mês, afirmando que as pessoas que sofrem de perturbações da identidade sexual podem ser baptizadas.
O documento é uma resposta oficial ao bispo brasileiro Giuseppe Negri, de Santo Amaro, que procurava orientação sobre a questão. O documento foi divulgado pela Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano e assinado pelo Papa Francisco.
Esta mesma estipulação aplica-se à sua elegibilidade para actuar como padrinhos ou testemunhar casamentos, de acordo com o Vaticano. A medida foi elogiada pelos defensores do movimento LGTBQ+, fora e dentro da Igreja Católica.
E enquanto certos bispos e cardeais estão já a tratar os acólitos pelos pronomes da sua identidade de género, há ainda assim quem ache o liberalismo transformador do anti-papa “deficiente”.
O padre Brian Graebe, sacerdote da Arquidiocese de Nova Iorque, doutorado em teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, disse à Fox News que a orientação do Vaticano não é contraditória com os ensinamentos da Igreja, mas a questão do sexo biológico foi maltratada pelo documento.
“Não há nada no documento que contradiga os ensinamentos da Igreja. A minha reacção quando o li ontem foi que é deficiente. O problema não está tanto no que diz, mas no que deixa por dizer. Fiquei desapontado por não ver no documento a afirmação de que, no próprio direito de batismo, qualquer que seja o nome da pessoa, o que temos de afirmar é que devem ser usados os pronomes biológicos correctos.”
A Igreja Católica ensina que a ideologia de género e os estilos de vida transgénero são um “distúrbio grave” que necessita de correção através de terapia espiritual e secular.
No Novo Testamento, tanto quanto o ContraCultura foi capaz de investigar, a identidade de género não é problematizada, os pronomes são “ele” para quem nasceu homem, e “ela” para quem nasceu mulher. E pelo que conseguimos perceber nos Evangelhos, nem Jesus nem João baptizaram homens vestidos de mulheres.
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