Nas últimas semanas, temos assistido a algo extraordinário. JD Vance, o parceiro de campanha de Donald Trump, está a demolir os apparatchiks da imprensa corporativa com a consistência e a presença de espírito de um polemista nato.

É uma coisa mesmo bonita de se ver.

Em todas as entrevistas, Vance arruma completamente com os chamados jornalistas que o tentam encurralar. Os comissários do New York Times, da Associated Press, da CNN, da MSNBC caem que nem moscas, uns atrás dos outros.

O último exemplo desta monumental e deliciosa razia proveio de uma entrevista a Martha Raddatz, quando a apresentadora da ABC tentou minimizar a invasão de áreas residenciais por migrantes venezuelanos. Vale a pena explicar o contexto:

Um gangue de imigrantes ilegais venezuelanos, armados até aos dentes, tomou conta de um condomínio privado de classe média em Aurora, Colorado, ocupando apartamentos e tomando os residentes como reféns. Foram precisos dias para que as autoridades conseguissem dominar o gangue e restabelecer a ordem. A imprensa corporativa, como sempre, começou por negar o facto. Neste momento, está a desvalorizá-lo (mais à frente irá simplesmente normalizar a circunstância). E neste ciclo de desvalorização mediática da ocorrência, a comissária da ABC virou-se para JD Vance e perguntou-lhe qualquer coisa como isto: Considerando que se tratou apenas de um punhado de apartamentos, não está a campanha de Trump a exagerar a gravidade da situação?

Afinal, que importância tem a ocupação violenta de propriedade privada por um grupo de marginais estrangeiros que entraram ilegalmente pela fronteira escancarada do México?

Disse isto a rapariga que vive num bunker luxuoso de vinte milhões de dólares, guardado por uma equipa de veteranos da guerra no Afeganistão 24 horas por dia, 365 dias por ano, em Arlington, Virginia, uma das áreas com mais baixos índices de criminalidade dos Estados Unidos da América.

Vance responde-lhe com a calma e a educação que a apparatchik não merece de todo, começando por lhe perguntar se ela consegue ouvir as próprias palavras que profere, e depois partindo para a desconstrução total da lógica infame da sua interlocutora. Vale a pena revisitar o segmento:

 

 

O homem não está apenas a ganhar o debate – está a expor todo o aparelho mediático corrupto pelo que ele realmente é. Assertivo, controlado e polido, o candidato republicano à vice-presidência, ainda por cima, parece divertir-se no processo de demolição, que constitui uma verdadeira master class sobre como lidar com os propagandistas desonestos disfarçados de repórteres.

Vance está, de facto, a liderar o caminho na rejeição das premissas falsas dos meios de comunicação social corporativos. Temos muito que aprender com ele.