A maioria dos democratas da Câmara dos Representantes votou contra a Lei da Violência contra as Mulheres por Estrangeiros Ilegais, que proíbe os imigrantes condenados por crimes como violação, perseguição, abuso conjugal e abuso infantil de entrar ou permanecer nos Estados Unidos. A representante Pramila Jayapal (D-WA), que preside ao Congressional Progressive Caucus, denunciou a legislação patrocinada pela deputada Nancy Mace (R-SC) como

“mais um projecto-lei partidário que fomenta o medo em relação aos imigrantes, em vez de trabalhar em conjunto para corrigir o sistema de imigração”.

Se calhar, o que “fomenta o medo em relação aos imigrantes” são os crimes que cometem no país que os acolhe.

O projecto-lei foi ainda assim aprovado com o voto favorável de 215 republicanos e uma minoria de 51 democratas, enquanto 158, três vezes mais, votaram contra. Não se sabe se o pacote legislativo sobreviverá ao Senado, controlado por democratas e fortalecido por republicanos só em nome.

Em reacção aos números chocantes do voto democrata Nancy Mace afirmou nas redes sociais:

“158 membros de esquerda do Congresso acabaram de votar contra a deportação de violadores, pedófilos e assassinos de mulheres e crianças.”

 

 

As figuras de proa do Partido Democrata, incluindo o deputado Jerry”Nadler (D-NY), tentaram justificar o seu voto contra o projecto-lei, alegando que a Lei da Imigração e da Nacionalidade, que não é actualizada há décadas, já prevê que os imigrantes condenados por crimes de abuso doméstico e sexual não possam entrar no país e sejam elegíveis para deportação. No entanto, os apoiantes do projecto-lei argumentam que este vem colmatar várias “lacunas”, e não é claro por que razão os democratas tentariam votar contra o projecto apenas por aquilo que Nadler descreve como “redundâncias”.

Os democratas bloquearam anteriormente a Lei Laken Riley, que exigiria que os imigrantes suspeitos de crimes, incluindo roubo e furto, como o suspeito do assassinato de Laken Riley, fossem mantidos sob custódia do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (ICE) dos EUA.

É como temos por várias vezes afirmado aqui no Contra: Não há justificação plausível para este comportamento que não seja a intenção clara de desagregar a sociedade e destruir a nação.