Numa ilustração eloquente de capitalismo corporativo que domina as altas esferas da macro-economia ocidental, uma aliança formada pelas maiores empresas alemãs, incluindo a BMW, a BASF e o Deutsche Bank, está a fazer campanha contra o populismo, quando estamos a um mês das eleições europeias. A campanha surge no meio de previsões de ganhos significativos para o partido populista Alternative für Deutschland (AfD).

A aliança, que inclui um total de 30 grandes corporações, afirmou num comunicado:

“A exclusão, o extremismo e o populismo constituem uma ameaça para a Alemanha enquanto local de negócios e para a nossa prosperidade. Na sua primeira campanha conjunta, as empresas apelam aos seus 1,7 milhões de trabalhadores para que participem nas próximas eleições europeias e realizem actividades para realçar a importância da unidade europeia para a prosperidade, o crescimento e o emprego”.

Os gigantes industriais globalistas foram obrigados a agir devido às recentes sondagens de opinião que indicam que o AfD poderá obter cerca de 15% dos votos da UE no próximo mês, ficando em segundo lugar, empatado com os Verdes, a seguir à aliança conservadora CDU-CSU. Os líderes empresariais estão preocupados com o facto da direita populista poder “diminuir a atractividade da maior economia da Europa para a mão de obra migrante, exacerbando as actuais carências de trabalhadores qualificados”.

Sim, porque os milhões de imigrantes que têm entrada na Alemanha na última década, principalmente originários do Médio Oriente, são trabalhadores qualificadíssimos. Deve ser por isso que mais de 60% dos beneficiários da segurança social na Alemanha são de origem estrangeira. Também deve ser por isso que a criminalidade no país explodiu para níveis estratosféricos, com um número desproporcionado de imigrantes a cometerem crimes violentos.

A campanha planeia utilizar os meios de comunicação social para enfatizar o seu apelo contra o “extremismo” e atrair a participação de outras empresas. A iniciativa pretende persistir após as eleições europeias, concentrando-se nas regiões onde o partido AfD lidera as sondagens, incluindo Brandeburgo, Turíngia e Saxónia.

Os partidos populistas de direita estão a ganhar terreno por toda a Europa e os poderes instituídos na Alemanha estão tão assustados com o AfD que tencionam proibi-lo. Para ‘salvar a democracia’.