O Primeiro-Ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciou que, no ano passado, foram deferidos mais de 112.000 pedidos de asilo, um número histórico que ultrapassa o seu objectivo de 92.000. O total inclui a avaliação de mais de 77.000 casos, 51.469 dos quais foram aprovados. A relação entre pedidos e concessões de asilo, revela, por si só, que o critério está longe de ser rigoroso.

Este número ultrapassa largamente o recorde anterior de 33.460 em 2002 e é o número mais elevado desde que se iniciaram os registos da imigração, em 1984. Sunak afirmou que a resolução do problema dos pedidos de asilo em atraso permitirá aos contribuintes poupar milhões de libras em hotéis e reduzir a pressão sobre os serviços públicos.

O que é uma mentira do tamanho da cara de pau deste primeiro-ministro que ninguém elegeu: ao conceder asilo a mais de 112.000 pessoas o governo está a comprometer-se a pagar assistência social, cuidados médicos e alojamento a grande parte destes migrantes, durante a maior parte das suas vidas, porque na sua maioria são pessoas que não têm preparação para competir no mercado de trabalho britânico. Como o ContraCultura já noticiou, e apesar de representarem “apenas” 24,3% da população da Alemanha, os imigrantes constituem mais de 60% dos benefeciários da segurança social daquele país.

O anúncio do Primeiro-Ministro britânico foi objecto de reacções negativas por parte de opositores políticos. O antigo líder do Partido Brexit, Nigel Farage, afirmou:

“Num esforço para apressar a resolução dos pedidos de asilo em atraso, esta manhã Rishi Sunak gaba-se de ter concedido 50.000 novos pedidos. Os conservadores falharam-nos a todos”.

O ministro-sombra para a Imigração do Partido Trabalhista, Stephen Kinnock, denunciou as afirmações do primeiro-ministro como falsas, afirmando que os pedidos em atraso subiram para 165.000 sob o actual governo e acusando Sunak de quebrar a sua promessa de acabar com o uso de hotéis de asilo.

“A promessa de Rishi Sunak, feita há um ano, de acabar com a utilização dos hotéis de asilo foi desastrosamente quebrada – com um aumento de 20% para 56.000, custando ao contribuinte britânico mais de 2 mil milhões de libras por ano. Esta é mais uma prova de que o sistema de asilo foi destruído pelos Conservadores.”

É claro que estas palavras rebentam de hipocrisia, porque quando os trabalhistas subirem ao poder, estes números, já de si recordistas, vão com certeza absoluta disparar para cúmulos do absurdo.

Como o Contra já noticiou, a migração líquida para o Reino Unido atingiu um “novo recorde” sob o governo do chamado Partido Conservador, de acordo com os últimos números publicados pelo Office for National Statistics (ONS). Os britânicos viram o saldo migratório aumentar para uns impressionantes 745.000 em 2022, seguido por outros 672.000 só nos primeiros seis meses de 2023.

 

 

A estimativa anterior para o ano de 2022 era de 606 mil. O número revisto em quase 150.000 imigrantes foi atribuído a “padrões inesperados” no comportamento dos migrantes.

Se há aqui algum padrão inesperado é o do comportamento do governo de Sunak e do Partido Conservador.