As ruas das cidades francesas voltaram a conhecer o caos e a violência, com tumultos decorrentes da campanha antigovernamental “Bloqueiem Tudo“, que inclui greves e protestos que se espalharam pelo país.
Às 8h00 de 10 de Setembro, foram registadas até 50 detenções em Paris, com a polícia a afirmar que “a maioria dos detidos estava a ameaçar a ordem pública”. Manifestantes tentaram paralisar ligações vitais de transporte, incluindo o terminal do Eurostar na Gare du Nord, e entraram em confronto com a polícia de choque, erguendo barricadas e obstruindo cruzamentos em cidades como Bordéus e Marselha.
🚨 PARIS 🚨
🔥 Nouvelle charge policière en plein cœur de la capitale : des manifestants tentent simplement de SORTIR d’une NASSSE ILLÉGALE et se font repousser violemment !
⚡ Ces enfermements sont contraires au droit, mais ils continuent à les utiliser pour écraser la… pic.twitter.com/vR2N7wNAFd
— Bloquons Tout ! – 10 Septembre 2025 (@bloquonstout) September 10, 2025
A agitação é motivada pela raiva, à esquerda e à direita, contra o Presidente Emmanuel Macron e o seu recém-nomeado primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, que substituiu François Bayrou após o colapso do seu governo, em consequência de um um voto de confiança chumbado na Assembleia Nacional.
Lecornu vai constituir o quarto executivo em dois anos.
O governo minoritário de Bayrou, perdeu a votação na segunda-feira, por 364-194, reiniciando um ciclo quase permanente de instabilidade sob a égide errática e destrutiva de Emmanuel Macron.
Bruno Retailleau, ministro do Interior do governo cessante, afirmou sobre o movimento “Bloqueiem Tudo”:
“Este não é um movimento de cidadãos, de todo. Foi sequestrado pela ultra-esquerda, e alguns estão determinados a realizar acções violentas. Há um clima insurrecional.”
Por uma vez, os globalistas não acusam a “extrema-direita” dos problemas que causam.
O primeiro-ministro Lecornu, apoiante de Macron que anteriormente desempenhou as funções de ministro da Defesa, assume o cargo num contexto de profundas divisões parlamentares, e sem uma maioria clara. Precisa de lutar com uma assembleia fragmentada para aprovar um orçamento de 2026 polémico e enquadrado na ruinosa dívida pública, na ordem dos 114% do PIB.
Lecornu não tem quaisquer garantias de não ser rapidamente corrido pelo Rassemblement National de Marine Le Pen, e um bloco de partidos de extrema-esquerda, todos com mais parlamentares do que os aliados de Macron.
A campanha “Bloqueiem Tudo”, liderada por sindicatos como a CGT e a Sud-Raid, promete paralisar postos de combustível, perturbar o trânsito através de operações de redução de velocidade e realizar manifestações nos centros das cidades. Algumas mensagens online chegam a defender o roubo de produtos alimentares nos supermercados enquanto a Sud-Raid instou os membros a lutarem contra a própria república, com o slogan:
“A queda do governo é boa, mas não é suficiente”.
O gabinete de Macron afirmou entretanto que o presidente quer que Lecornu fale com os opositores parlamentares para chegar a um acordo sobre o orçamento e outras políticas controversas.
Boa sorte para ele. E para os franceses. Vão precisar dela.
🚨🇫🇷 FLASH INFO | Des affrontements ont éclaté entre policiers et manifestants devant le lycée Hélène-Boucher à Paris. (@JulesRavel1) pic.twitter.com/e7aybEYQyv
— Cpasdeslol (@cpasdeslol_X) September 10, 2025
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