François Bayrou, o último a cair

 

Como o ContraCultura tinha previsto na semana passada, o terceiro governo francês desde Janeiro de 2024 não sobreviveu a uma moção de confiança na Assembleia Nacional.

A França está assim – e de novo – mergulhada no caos político, com o primeiro-ministro François Bayrou a ver chumbada por um diferencial de 174 votos a moção que ele próprio convocou para galvanizar o apoio ao seu plano orçamental de 2026.

Bayrou, nomeado pelo presidente Emmanuel Macron em Dezembro do ano passado, expressou recentemente a sua exasperação com o cenário político fragmentado do seu país, numa entrevista em que protestou assim:

“Qual é o sentido de derrubar o governo? São grupos políticos que não só não concordam em nada, mas, pior ainda, estão a travar uma guerra civil aberta entre si”.

O impasse na legislatura francesa é resultado da tentativa dos partidos de extrema esquerda e do estabelecimento globalista de excluir do poder executivo o partido nacionalista Rassemblement National, liderado por Marine Le Pen, apesar de este ter se tornado o maior partido na Assembleia Nacional, depois de Macron ter convocado eleições legislativas antecipadas no ano passado.

Bayrou deve agora apresentar a sua demissão a Macron, que enfrenta duas opções tortuosas: tentar nomear um sucessor, que terá dificuldade em conseguir uma maioria no actual quadro desta legislatura, ou dissolver a Assembleia Nacional e convocar novas eleições antecipadas. Macron está relutante em convocá-las, considerando que as últimas resultaram num crescimento da extrema-esquerda e dos nacionalistas, que ultrapassaram largamente os partidos globalistas do tradicional e putrefacto arco do poder.

Entretanto, a dívida soberana de França é de cerca de três triliões de euros, ou quase 114% do PIB. Os gastos públicos representaram aproximadamente 57% do PIB no ano passado, impulsionados em parte por gastos astronómicos com a segurança social — grande parte deles absorvidos por migrantes e pelos seus descendentes.

O globalismo-leninismo e o pegajoso amor ao poder de Emmanual Macron estão a levar a França à ruína. Mas alguém ainda duvida que o objectivo sempre foi esse?