A Itália iniciou a transferência de 40 imigrantes ilegais para centros de detenção na Albânia. É o primeiro caso de um país da União Europeia (UE) que envia migrantes para um país terceiro que não é nem o seu ponto de origem nem um destino de trânsito. Esta medida, instituída pelo governo da primeira-ministra Giorgia Meloni, suscitou incertezas jurídicas e atraiu a atenção de grupos de esquerda que afirmam que compromete o direito à requisição de asilo.
Os imigrantes embarcaram no porto italiano de Brindisi e estão a ser alojados em instalações geridas por italianos em Shengjin e Gjader, na Albânia. Estes centros destinavam-se inicialmente a processar os pedidos de asilo de indivíduos interceptados no Mar Mediterrâneo, embora o seu objectivo pareça estar a mudar ao abrigo de novos decretos. As instalações albanesas foram criadas através de um acordo com a Itália no valor de 800 milhões de euros ao longo de cinco anos, permitindo o tratamento ou o repatriamento de um número mensal significativo de migrantes.
A administração Trump tem enviado imigrantes ilegais de gangues criminosos para prisões de alta segurança de El Salvador e a Austrália pôs termo, em certa medida, à imigração ilegal por via marítima através da Operação Fronteiras Soberanas, que permitiu a transferência de potenciais requerentes de asilo para países terceiros há vários anos, mas a Itália é a primeira nação europeia a aplicar uma política semelhante.
O anterior governo conservador britânico financiou um projecto de transferência de imigrantes para o Ruanda, mas o programa ficou atolado em conflitos legais durante anos, tendo o novo governo do Partido Trabalhista cancelado o projecto assim que foi eleito no Verão passado.
A medida é paralela às propostas da Comissão Europeia que defendem a criação de “centros de regresso” em todos os Estados-Membros da UE, embora a sua aprovação ainda esteja pendente. Os juristas e as organizações de “direitos humanos” estão a acompanhar de perto a situação, uma vez que o exemplo de Itália pode inspirar políticas semelhantes noutros países da UE, com a Holanda a considerar a transferência de migrantes para o Uganda.
A Itália também está a reduzir o afluxo de migrantes através do reforço das suas políticas de fronteiras. Este ano, assistiu-se a uma redução das chegadas de migrantes às costas italianas, que desceram para cerca de 11.000. No ano passado, a Itália registou a chegada de mais de 66.000 imigrantes ilegais por via marítima. As principais chegadas em 2025 são do Bangladesh, da Síria, da Tunísia e do Egipto.
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