Este testemunho de Harald Malmgren, com quatro horas de duração, gravado pouco antes da sua morte por Jesse Michels e publicado na semana passada, é capaz de ser o mais poderoso documento sobre o fenómeno OVNI alguma vez produzido e corrobora mais teorias da conspiração por minuto do que alguém alguma vez julgou possível.

 

 

Malmgren, um génio em economia, doutorado em Oxford, foi conselheiro sénior de 4 presidentes americanos. Aos 27 anos, salvou literalmente o mundo de uma catástrofe nuclear durante a Crise dos Mísseis de Cuba, quando o Secretário da Defesa Robert McNamara e o Presidente JFK lhe pediram que “ganhasse tempo para a diplomacia”, enfrentando o General Curtis “Bombs Away” LeMay.

Malmgren, o mais jovem dos “whiz kids”, tornou-se conselheiro presidencial não só de John Fitzgerald Kennedy, mas também de Lyndon B. Johnson, Richard Nixon e Gerald Ford. Tinha uma relação pessoal com Putin e aconselhou todos os primeiros-ministros japoneses desde Tanaka, nos anos 70, e os presidentes franceses Giscard d’Estaing e Georges Pompidou, entre outros líderes políticos. Foi incumbido de “conter” Kissinger e trabalhou em estreita colaboração com Howard Baker, George Schulz, Volcker e Mondale, para não falar dos Prémios Nobel Tom Schelling e Sir John Hicks. Teve todas as chamadas “Q Clearances”, que lhe permitiram aceder a segredos de estado do mais alto nível de confidencialidade.

Com a morte a aproximar-se decidiu contar tudo, ou quase tudo o que sabia sobre o fenómeno OVNI, com entradas no X verdadeiramente bombásticas, como esta:

 

 

Na conversa de longa duração que teve com Michels, Malmgren revela que

1. Um OVNI caiu do céu e foi recuperado pela Marinha dos EUA durante um teste nuclear chamado Bluegill Triple Prime efectuado no Atol de Johnston, nas Ilhas Marshall, em 1962-

2. Porque era o responsável pelo orçamento do programa de testes de mísseis, enquanto funcionário de topo da Casa Branca e do Pentágono, teve contacto directo com materiais desse OVNI, que lhe foram facultados por Lawrence Preston Gise, director da delegação de Albuquerque da Comissão de Energia Atómica.

3. Foi informado por Richard Bissell, Director Adjunto de Planos da CIA e o homem que construiu e projectou a Área 51, sobre “tecnologias do outro mundo”, que incluriam a recuperação de acidentes passados, como o acidente de Magenta na Lombardia, Itália, em 1933, juntamente com uma consciência mais alargada de aparições de OVNIs em torno do desenvolvimento de tecnologia militar de ponta em locais sensíveis do Departamento de Energia nos EUA.

4. Foi informado que o Vaticano e os Cavaleiros Templários de Malta informaram a CIA da existência dos destroços do OVNI de Magenta e do local onde estavam armazenados, e que os americanos, no fim da II Guerra Mundial, recuperaram esse materiais, transportando-os para os EUA.

5. Recebeu de um membro dos serviços secretos europeus informações sobre uma colaboração secreta relacionada com a antigravidade entre Tesla e Thomas Townsend Brown.

6. JFK sabia da existência de OVNIs muito antes de se tornar presidente (pela sua história na Inteligência Naval). Ele e o seu vice-presidente Lyndon Johnson correram para Los Alamos logo após o incidente de Blugill Triple Prime para serem informados pessoalmente. Este incidente estimulou as históricas conversações de desnuclearização de JFK com o líder da União Soviética, Nikita Khrushchev. O desejo de JFK de colaborar com os soviéticos nos OVNIs, na exploração espacial e no desarmamento nuclear foram partes essenciais do ímpeto para o assassinar.

7. “Majestic” – o grupo que tomou para si a responsabilidade de “proteger” o mundo –  não é um mito. É a primeira vez que alguém deste calibre menciona o grupo, que está associado a fugas de documentos nos anos 80 e 90, que descrevem um grupo militar, de inteligência e científico – “a elite da elite” – que gere a questão dos OVNIs.

8. O analista dos serviços secretos australianos, Geoffrey Cruikshank, que aprofundou mais do que qualquer outra pessoa no mundo o incidente do OVNI Bluegill Triple Prime Test, também falou com Harald Malmgren para confirmar a veracidade da sua investigação.

 

A corroboração de Cruikshank.

Cruickshank registou uma ogiva experimental da Guerra Fria, a XW-50-X1, que foi “construída para emitir raios X de alta energia, concebida para desactivar veículos de reentrada de mísseis ao causar calor intenso e danos internos”, o que encaixa na descrição de Harald.

O analista australiano também apontou para vídeos agora desclassificados que mostram uma explosão de teste de altitude de uma bomba nuclear, a 26 de Outubro de 1962, sobre o Oceano Pacífico, perto da Ilha Johnston. Nas imagens, um objecto aparente pode ser visto a cair da bola de fogo nuclear. Uma versão posterior do vídeo foi editada por funcionários do laboratório de Los Alamos, com um triângulo branco a ocultar a região onde aparecia o objecto em queda.

Duas semanas antes, a 19 de Setembro de 1962, outro OVNI foi filmado a viajar a 18 vezes a velocidade do som, seguindo um míssil Avco Mark 4 durante 90 segundos, enquanto este descia pelo céu após um lançamento do Atlantic Missile Range, ao largo da costa do Cabo Canaveral, na Florida.

Um cartão de índice com o vídeo regista-o como um ‘avistamento de OVNI’. O filme mostra o míssil em voo e depois a partir-se, bem como um objecto mais pequeno em voo por cima e por trás do míssil, numa “trajetória paralela”.

Após o teste BlueGill de Outubro de 1962, foram enviados navios da Marinha para recolher os destroços. Cruickshank relatou que os registos do convés preservados pelos Arquivos Nacionais norte-americanos referem que alguns destes destroços eram “anómalos”.

Os registos de dois navios acompanhantes, o USS Engage e o USS John S. McCain, documentam a recolha de uma “cápsula experimental”, bem como de uma “bola negra na água” e de um “tubo verde”.

Os registos dizem que o tubo tinha uma medição de radiação de 60 mR (mili-Roentgen) a uma distância de um pé, o que é um nível seguro mas elevado, sugerindo que tinha estado perto de um evento nuclear.

A tripulação de um navio, o USNS Point Barrow, relatou níveis de exposição à radiação invulgarmente elevados após a missão de recuperação, de acordo com os registos de outros navios. Mas os registos do Point Barrow desapareceram misteriosamente dos arquivos.

Para além da corroboração de Cruikshank, as declarações de Harald Malmgren compaginam também com outros testemunhos de informadores como o de David Charles Grusch.

 

A infâmia da Wikipedia.

A página de Harald Malmgren na Wikipédia foi alterada logo depois do testemunho que prestou a Jesse Michels. Agora chamam-lhe “escritor e lobista americano”: já não é um assessor presidencial de topo e um diplomata que evitou a 3ª Guerra Mundial (entre outros feitos incríveis), é apenas um tipo qualquer que representa os interesses comerciais japoneses nos EUA e que solicita clientes empresariais usando ligações governamentais.

Fazer isto com um  homem que serviu o seu país ao mais alto nível durante décadas e acabou de falecer é de uma desvergonha recordista, para além de libertar uma pergunta óbvia: quais são as motivações da wikipédia ao adulterar o perfil biográfico de Malmgren e assim descredibilizando as suas declarações? Que interesses serve esta operação de encobrimento e propaganda?

 

 

A última confissão de Malmgren

Pippa Malmgren, filha de Harald, que também aparece e participa no vídeo, tem tido parte muito activa na divulgação da mensagem do pai, nos últimos meses. Nas suas últimas horas de vida, Malmgren disse-lhe que existiam sobreviventes de acidentes de OVNI e que lhe tinha sido mostrado um vídeo do “único ser extraterrestre sobrevivente” de um desses acidentes (Roswell). Pipa acredita que o pai, ainda assim, não revelou tudo o que sabia sobre o fenómeno.

 

 

Harald Malmgren morreu a  13 de Fevereiro de 2025. Que descanse em paz.

O vídeo em baixo, de Richard Dolan, condensa em meia hora os factos mais importantes do testemunho que Malmgren prestou a Michels.