Este assunto é tão fascinante como é pobre a sua presença no forúm público, mesmo nos canais mais alternativos e independentes, mas pode ter uma importância monumental na forma como encaramos as tecnologias digitais.

O Contra publicou em 2023 um breve texto sobre o tema, que é este: a informação é um corpo material. Tem massa. Tem peso. Um bit de informação (300K) corresponderá a 3.19 × 10-38 quilogramas.

Actualmente produzimos ∼1021 bits por ano, mas, considerando um aumento anual de 20% (não é exagerado, dadas as tecnologias emergentes de inteligência artificial e mineração de moeda digital que implicam criação massiva de informação), é possível estimar que daqui a aproximadamente 350 anos o número de bits produzidos será superior ao número de átomos constituintes do Planeta Terra.

Ora, nem precisamos de chegar a esse ponto para percebermos a catástrofe: Se a informação tem massa e peso, terá potencial gravítico. Se tem potencial gravítico, basta que some uma fracção do peso da Lua, por exemplo, para alterar as marés oceânicas…

É claro que antes de chegar a esse ponto já o mundo, como o conhecemos, estaria a sofrer impactos sísmicos de natureza assustadora. E é evidente que este assunto é tremendamente especulativo. Mas a matemática einsteiniana corrobora-o completamente.

Neste segmento de um podcast muito interessante, que até tem outro momento que foca outro assunto já destacado pelo Contra, Jason Jorjani disserta sobre esta hipótese maluca: a de que as tecnologias de computação e criação de informação podem estar a produzir um apocalipse a médio prazo.

 

 

Num momento especialmente intrigante da sua conversa, Jorjani pergunta ao seu anfitrião Danny Jones: a informação tem massa e peso mas não a vemos fisicamente. É matéria fantasmática. E que outro caso conhecemos no universo de matéria indetectável, mas que tem peso e tem massa?

A matéria negra, claro.

Arrepiante.