A teoria dissidente de um cientista de Harvard, segundo a qual uma antiga civilização marciana teria sido aniquilada por um ataque nuclear, está a ganhar tracção, depois de ter sido defendida num popular e desalinhado podcast que discute assuntos ignorados pelo estabelecimento mediático.

O Dr. John Brandenburg acredita que a cor vermelha de Marte pode ser a prova de um evento nuclear catastrófico. A sua investigação centra-se na “elevada concentração” de Xenon-129 na atmosfera marciana e de urânio e tório na superfície. O xenon-129 é um gás estável e não radioactivo que se encontra naturalmente na Terra em quantidades vestigiais. No entanto, também é libertado durante a fusão nuclear.

A sua teoria, proposta pela primeira vez em 2011 e desenvolvida posteriormente em 2014, em que o cientista afirma que ainda hoje podem ser detectadas provas de um “genocídio” no planeta vermelho, ressurgiu recentemente no podcast de Danny Jones, em que o doutorando em filosofia Jason Reza Jorjani afirmou que as descobertas de Brandenburg eram “provas alarmantes” de vida em Marte, porque

“todos os planetas têm uma certa quantidade de isótopos de diferentes materiais e, aparentemente, a razão isotópica do Xénon 129 é consistente em todo o sistema solar, excepto em Marte. A assinatura nuclear é inconfundível e especificamente associada à detonação de armas termonucleares”.

 

 

A região de Cydonia, no hemisfério norte de Marte, é central para a teoria de Brandenburg. Esta área é famosa pelo que alguns acreditam ser “aparentes estruturas megalíticas feitas pelo homem”, incluindo formações como um “rosto” e “pirâmides” gigantes.

 

 

Os cientistas da NASA, no entanto e como sempre fazem com teses alternativas ao dogmatismo académico, descartaram estas formações como ilusões ópticas causadas por sombras e pela morfologia da superfície.

O Dr. Brandenburg defende que são vestígios de uma civilização antiga, possivelmente tão avançada como a dos antigos egípcios na Terra, argumentando que Marte já teve um clima semelhante ao da Terra, capaz de suportar vida vegetal e animal.

Jorjani afirmou também que as descobertas de Brandenburg se alinham com um projecto de visão remota da CIA de 1984, que o Contra documentou recentemente.

Joe McMoneagle, descrito como “o observador remoto nº 1 da CIA”, terá visto uma civilização moribunda em Marte durante este projecto secreto.

A este propósito Jorjani referiu:

“Quando McMonagle estava a fazer esta sessão de visão remota, descreveu estar no meio das ruínas de uma cidade megalítica com pirâmides gigantescas”.

Mais tarde, McMoneagle afirmou ter encontrado imagens da NASA que mostravam estruturas piramidais e o que ele acreditava ser um osso humano na superfície marciana.

A NASA também refutou as alegações sobre os elementos químicos encontrados em Marte – apesar de ter detectado níveis mais elevados do que o esperado de isótopos de xénon em Cydonia.

A agência espacial sugeriu que estes elementos “podem ter sido libertados para a atmosfera por impactos na superfície e por gases que escapam do material rochoso” e não por uma guerra ou um acidente nuclear.

Outros cientistas cépticos em relação às teorias de Brandenburg argumentam que não há provas físicas credíveis que as sustentem, como uma cratera ou sinais de precipitação radioactiva, que apontem para uma explosão nuclear artificial.

 

Rover Perseverance encontra indícios de que Marte já foi mais quente, mais húmido e mais hospitaleiro para a vida.

Entretanto, o rover Perseverance da NASA identificou rochas pálidas invulgares que contêm um mineral associado ao alumínio chamado caulinite. Esta descoberta surpreendeu os cientistas porque a caulinite normalmente só se forma em ambientes quentes e húmidos.

O Professor Roger Wiens da Universidade de Purdue, que liderou a equipa de investigação, afirmou:

“Estas rochas são muito diferentes de tudo o que já vimos em Marte.”

A descoberta sugere que Marte pode ter sido em tempos mais quente, mais húmido e mais hospitaleiro para a vida do que se pensava. A descoberta surgiu quando o Professor Wiens deu instruções ao rover para disparar o seu laser sobre rochas estranhamente pálidas que se encontravam na superfície marciana.

Esta análise revelou que continham um teor invulgarmente elevado de alumínio associado à caulinite.

A projecção em bloco no topo do rover Perseverance, que se assemelha ao pescoço e à cabeça de um quadrúpede, chama-se SuperCam. Este instrumento foi desenvolvido por uma equipa internacional liderada por Wiens antes de este se juntar à Universidade de Purdue. A SuperCam utiliza um conjunto de técnicas para analisar a superfície marciana, permitindo aos cientistas fazer estas descobertas inovadoras.

Os investigadores tinham observado os pequenos e pálidos seixos no solo marciano desde o primeiro dia em que o rover aterrou. Wiens explicou o que provocou a sua curiosidade sobre esses seixos:

“Na Terra, estes minerais formam-se onde há chuva intensa e um clima quente ou em sistemas hidrotermais, como as fontes termais. Ambos os ambientes são condições ideais para a vida tal como a conhecemos. (…) É fascinante. É inesperado num planeta frio e seco como Marte.”

 

Amostra das “rochas pálidas” analisadas pelo rover Perseverance

 

O mineral caulinite forma-se tipicamente em ambientes que são hospitaleiros para algumas formas de vida microbiana. Os cientistas estão particularmente entusiasmados porque isto sugere que Marte já teve condições que poderiam ter suportado vida.

Esta descoberta desafia a nossa compreensão actual de Marte como um mundo perpetuamente frio e seco. A equipa encontrou mais de 4.000 destas rochas e seixos brancos espalhados pela superfície marciana.

A análise revelou que contêm caulinite e espinélio, provavelmente espinélio de alumínio.

“As grandes questões sobre Marte são sobre a água”, disse Wiens. “Quanta água existiu? Durante quanto tempo existiu água?”

Como o ContraCultura noticiou em Novembro do ano passado, investigadores chineses afirmam ter descoberto vestígios de um antigo oceano em Marte que poderá ter coberto até um terço da sua superfície. A descoberta compagina com outros estudos que sugerem a existência abundante de água em tempos idos, no planeta vermelho.