As autoridades do Wisconsin acusaram um adolescente do assassínio da sua mãe e do seu padrasto, alegando a intenção do acusado de utilizar os bens das vítimas para executar os seus planos de assassinato do Presidente Donald J. Trump e de combate ao governo federal. Nikita Casap, de 17 anos, enfrenta várias acusações estaduais, incluindo duas acusações de homicídio em primeiro grau, após o incidente de Março. As autoridades localizaram os corpos de Donald Mayer, 51 anos, e Tatiana Casap, 35 anos, na sua residência no condado de Waukesha.

O Ministério Público também acusou Casap de ocultação de cadáveres, roubo e usurpação de identidade. Para além da acusação estatal, é provável que o jovem de 17 anos também seja alvo de acusações federais, de acordo com declarações apresentadas pelos investigadores federais. Com base na análise de um manifesto alegadamente escrito pelo adolescente, o Federal Bureau of Investigation (FBI) acredita que Casap terá comunicado com outros indivíduos sobre os seus planos – sugerindo a possibilidade de uma conspiração mais alargada.

Um mandado de busca ao telemóvel do adolescente revelou afiliações à “Ordem dos Nove Ângulos”, um grupo associado a ideologias extremistas e racistas. No seu manifesto, Casap defende a realização de acções violentas para “salvar a raça branca”, juntamente com imagens que reverenciam Adolf Hitler.

Na declaração juramentada os investigadores federais afirmam:

“Estava em contacto com outras partes sobre o seu plano para matar o Presidente e derrubar o governo dos Estados Unidos. E pagou, pelo menos em parte, um drone e explosivos para serem usados como arma de destruição para cometer um ataque. Outros terceiros, com as quais Casap estava em contacto, parecem ter tido conhecimento do seu plano de acção e ter prestado assistência a Casap na sua execução”.

Durante as eleições de 2024, o Presidente Trump foi alvo de duas tentativas de assassinato, tendo a primeira tentativa, perpetrada por Thomas Matthew Crooks, atingido a orelha do líder do America First com uma bala durante um comício em Butler, na Pensilvânia. A segunda tentativa de assassinato envolveu o activista pró-Ucrânia Ryan Routh, que foi descoberto com uma espingarda escondida ao longo da linha de árvores no Trump International Golf Club, a uma curta distância do líder do America First.

Sobre as motivações de Thomas Matthew Crooks, que cúmplices teve e como é que foi possível colocar-se numa posição de atirar sobre Trump num comício político, sabemos ainda hoje menos do que aquilo que agora ficámos a saber sobre as intenções de Nikita Casap, o que não deixa de ser estranho, considerando que o director e o vice-director do FBI de agora, não se calaram na altura em que Trump foi baleado, criticando a agência por inoperância.