A União Europeia (UE) recuou nas suas planeadas tarifas de retaliação contra os bens dos EUA, para dar tempo a negociações comerciais. Esta decisão vem na sequência do anúncio do Presidente Donald J. Trump de uma redução de 90 dias das suas tarifas do “Dia da Libertação” de 2 de Abril contra a maioria dos países para 10%, enquanto prosseguem as conversações.

Inicialmente, o Presidente Trump impôs uma taxa de direitos aduaneiros recíprocos de 20% à UE, superior aos 10% impostos a países como o Reino Unido, mas inferior a alguns outros países, com o direito recíproco mais elevado a situar-se nos 50%. Todos os direitos aduaneiros recíprocos foram agora reduzidos para a taxa de base de 10% – excepto no caso da China, que enfrenta um direito aduaneiro total de 125% após ter retaliado contra os EUA.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, confirmou na quinta-feira que a UE tinha recuado nas suas próprias tarifas de retaliação, sublinhando a preferência pela diplomacia em detrimento do conflito comercial. Esta decisão seguiu-se a uma declaração da Casa Branca que afirmava:

“NÃO RETALIEM E SERÃO RECOMPENSADOS!”

 

 

A resposta limitada da UE, que visava produtos específicos dos EUA, como sumo de laranja e motociclos, não foi uma resposta à tarifa recíproca de 20%, mas sim a tarifas sectoriais anteriores que o Presidente Trump impôs a produtos como o aço – que não são afectados pela sua redução tarifária recíproca de 90 dias.

Entretanto, o primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, anunciou na sexta-feira que o seu país vai iniciar conversações comerciais com os Estados Unidos em Maio, juntando-se a mais de 75 outras nações que iniciaram negociações bilaterais depois de o Presidente dos EUA, Donald J. Trump, ter imposto tarifas recíprocas a vários países no dia 2 de Abril.