Donald J. Trump declarou que os perdões concedidos por Joe Biden são inválidos, uma vez que foram assinados com recurso a uma aplicação de assinatura automática, utilizada sem o conhecimento do ex-Presidente.
Num post do Truth Social, Trump afirmou que a decisão de Biden de perdoar os membros do Comité da Câmara que investigou os protestos de 6 de Janeiro no Capitólio, entre outros, não tem valor legal, argumentando que o senil inquilino da Casa branca não aprovou pessoalmente os documentos e sugerindo que um crime foi cometido no processo de emissão desses indultos.
“Os ‘perdões’ que o soneca Joe Biden deu ao Comité Não Selecionado de Bandidos Políticos, e muitos outros, são declarados NULOS, VAZIOS E SEM MAIS FORÇA OU EFEITO, devido ao facto de terem sido feitos por Autopen. Por outras palavras, Joe Biden não os assinou mas, mais importante, não sabia nada sobre eles!”
As declarações de Trump seguem as preocupações levantadas pelo Projecto de Supervisão da Fundação Heritage, que sugeriu o uso extensivo de uma autopen por Biden durante sua presidência. O projecto recolheu numerosos documentos com a assinatura de Biden, identificando a maior parte deles como tendo sido produzidos com uma impressora automática.
🚨WHOEVER CONTROLLED THE AUTOPEN CONTROLLED THE PRESIDENCY🚨
We gathered every document we could find with Biden’s signature over the course of his presidency.
All used the same autopen signature except for the the announcement that the former President was dropping out of the… https://t.co/CC3oJUkNr4 pic.twitter.com/mtNrZsALDu
— Oversight Project (@OversightPR) March 6, 2025
Biden anunciou os seus perdões a 20 de Janeiro, o seu último dia de mandato, abrangendo uma série de indivíduos, incluindo antigos líderes militares, funcionários da saúde, membros de comissões do Congresso e agentes da polícia do Capitólio.
Referindo-se aos membros da Comissão 6 de Janeiro, Trump afirmou:
“Destruíram e apagaram TODAS as provas obtidas durante os dois anos de caça às bruxas a mim e a muitas outras pessoas inocentes, e devem compreender perfeitamente que estão sujeitos a investigação ao mais alto nível”.
Questionado a bordo do Air Force One sobre a validade dos documentos assinados pela autopen, Trump sugeriu que em última instância o assunto seria determinado nos tribunais. Mas é muito questionável que o argumento triunfe judicialmente, já que todos os presidentes das últimas duas décadas (incluindo o actual), utilizaram um sistema de replicação de assinatura deste género, pelo que teria que ser provado em tribunal que os indultos foram assinados automaticamente sem o conhecimento de Joe Biden.
Boa sorte para os advogados que pretendam validar essa prova.
Até porque, muito provavelmente, tudo isto será mais uma sessão de trolling de Donald Trump do que outra coisa qualquer.
Relacionados
19 Mai 25
Ex-director do FBI publica imagem que apela ao assassinato de Donald Trump.
O ex-diretor do FBI James Comey publicou uma fotografia no Instagram na quinta-feira que apela claramente ao assassinato do Presidente Trump. Pagará o preço da sua infâmia? Nem pouco mais ou menos.
16 Mai 25
Globalista escrupuloso? Chanceler alemão diz que a interdição do AfD “parece a eliminação de rivais políticos.”
Algo surpreendentemente, o chanceler alemão Friedrich Merz afirmou que votar uma proibição do AfD no Bundestag não é o caminho certo, já que “parece demasiado a eliminação de rivais políticos”. Parece?
16 Mai 25
Conversas no D. Carlos:
Uma Estratégia para Portugal.
Miguel Mattos Chaves foi ao Guincho apresentar aquilo que nos 50 anos da Terceira República nunca foi ensaiado, mas está agora em realização na Sociedade de Geografia: um programa estratégico para Portugal.
16 Mai 25
Ex-senador e presidente da Coligação Judaica Republicana, Norm Coleman: “Os senhores do universo são judeus.”
Confirmando teorias da conspiração ditas "antisemitas", o ex-senador do Partido Republicano e presidente da Coligação Judaica Republicana, Norm Coleman, declarou que os judeus controlam o mundo, durante uma conferência em Jerusalém.
15 Mai 25
Pressão dos EUA pode ter forçado o estado profundo alemão a abandonar a perseguição e a vigilância sobre o AfD.
A agência de espionagem doméstica alemã suspendeu os métodos de vigilância autoritária sobre o partido anti-imigração Alternativa para a Alemanha (AfD), e a pressão da administração Trump pode ter desempenhado um papel significativo no processo.
15 Mai 25
Donald J. Trump profere discurso histórico em Riade.
No palco da capital saudita, o Presidente dos EUA falou para o mundo em geral e o seu eleitorado em particular, garantindo que é um homem de paz. Resta-nos esperar que daqui para a frente as suas palavras compaginem com os seus actos.