
As autoridades ucranianas manifestaram a sua vontade de aceitar um cessar-fogo preliminar de 30 dias com a Rússia, tal como foi transmitido nas discussões com representantes dos EUA na Arábia Saudita na terça-feira. De acordo com uma declaração conjunta do Departamento de Estado dos EUA e dos funcionários ucranianos, a Ucrânia está aberta à proposta dos EUA de um cessar-fogo imediato, que poderá ser alargado por ambas as partes se for acordado e implementado simultaneamente pela Rússia.
Os EUA tencionam comunicar à Rússia a importância de acções recíprocas no sentido da paz., anunciando em simultâneo que irão retomar a ajuda militar e a partilha de dados de inteligência com a Ucrânia, na sequência destas conversações diplomáticas.
O Secretário de Estado Marco Rubio descreveu a disponibilidade da Ucrânia para um cessar-fogo como um “passo concreto” e manifestou optimismo quanto à possibilidade de a Rússia responder de forma semelhante. A Rússia ainda não deu uma resposta afirmativa relativamente ao cessar-fogo, que, objectivamente e considerando o que se está a passar no teatro de operações, beneficia claramente a Ucrânia.
Talvez por isso, os analistas sugerem que a Rússia poderá procurar obter concessões significativas antes de considerar um tal acordo, uma vez que as forças russas conseguiram recentemente avanços significativos na região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia. Nos últimos dias, foram também registados progressos russos em Zaporizhzhia e nas zonas do Donbass, com expectativas de uma ofensiva de maior envergadura na Primavera.
Entretanto, a Ucrânia terá visado uma refinaria de petróleo perto de Moscovo e uma instalação ligada ao oleoduto Druzhba na região russa de Oryol. As forças armadas do país também realizaram um importante ataque com drones a Moscovo, o maior ataque da Ucrânia à cidade, que resultou em várias baixas e no encerramento de aeroportos.
Será assim muito complicado para que no Kremlin aceitem, sem contrapartidas nem garantias, este cessar-fogo que Kiev está aparentemente disposto a aceitar como consequência do seu próprio desespero.
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