A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou à justa, mas com facilidade e rapidez deveras surpreendente, o projecto-lei relativo ao plano orçamental global na noite de terça-feira da semana passada.
A legislação foi retirada durante a tarde, depois de parecer morta à chegada. No entanto, depois de vários membros republicanos terem abandonado a sua oposição, os legisladores foram chamados de volta ao Capitólio pelo speaker Mike Johnson para votar a legislação que contém os planos do Presidente Donald J. Trump de não tributar as gorjetas nem as horas extraordinárias, um desagravamento fiscal para os idosos, reduções fiscais para os produtos fabricados nos Estados Unidos e um requisito de que os orçamentos do estado sejam pelo menos neutros em termos de défice, entre muitas outras medidas destinada a aliviar o jugo fiscal sobre o americanos e criar vectores de eficiência na administração federal.
O projecto-lei foi aprovado segundo estritas linhas partidárias, com 217 republicanos a votarem a favor e 215 democratas a oporem-se.
Agora, o projecto-lei do orçamento irá para o Senado, onde os legisladores republicanos terão necessariamente que o adoptar, de forma a iniciarem o processo de reconciliação orçamental. Em última análise, os legisladores republicanos tencionam utilizar a conciliação para abordar o orçamento federal, o financiamento da segurança nas fronteiras e uma extensão das disposições da Lei de Cortes Fiscais e Empregos de 2017, cujo prazo está a expirar.
House votes 217-215 to approve Republicans’ budget resolution, which now goes to the Senate.
Republicans in that chamber will need to adopt the budget res to unlock the reconciliation process the GOP plans to use to address border security, defense, energy and tax. pic.twitter.com/A79kom40UU
— Jennifer Shutt (@JenniferShutt) February 26, 2025
A forma como o projecto-lei passou na Câmara dos Representantes é uma manifestação inequívoca de que Donald Trump domina neste momento o aparelho do Partido Republicano, tanto mais que, contra a vontade de muitos representantes conservadores, o Presidente insistiu na aprovação de uma lei ‘gorda’ em vez de submeter a sua iniciativa legislativa em pacotes mais pequenos e específicos.
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