Uma empresa de distribuição de combustível norueguesa acaba de aprender uma dura lição de geopolítica, depois da sua tentativa de boicotar a esquadra americana do Báltico ter saído pela culatra de forma que oscila entre o embaraçoso e o risível.
A Haltbakk Bunkers, um dos maiores distribuidores de combustíveis da Noruega, anunciou que deixaria abastecer os navios militares americanos nos portos noruegueses. O motivo? Um ataque de fúria por causa da política externa da Casa Branca e do combate corpo a corpo entre Zelensky, Trump e JD Vance que testemunhámos na sexta-feira passada, e em que Donald Trump chegou ao ponto de acusar o Presidente ucraniano de “estar a jogar com a III Guerra Mundial.”
Enfurecida com a posição inabalável de Trump, a direcção da Haltbakk Bunkers publicou esta tresloucada declaração nas redes sociais:
“Fomos hoje testemunhas do maior espectáculo de merda alguma vez apresentado “em directo na televisão” pelo actual presidente americano e o seu vice-presidente. Um grande mérito para o Presidente da Ucrânia, que se conteve e manteve a calma, apesar de os EUA terem apresentado um espectáculo televisivo traiçoeiro. Curto e grosso: Deixou-nos doentes. Como resultado, decidimos parar imediatamente de fornecer combustível às forças americanas na Noruega e aos seus navios que escalam os portos noruegueses.
‘Combustível para os americanos não!’
Incentivamos todos os noruegueses e europeus a seguirem o nosso exemplo.
SLAVA UKRAINA
Como se necessário fosse, o proprietário da empresa, Gunnar Gran, deixou claro que a sua decisão foi puramente política numa entrevista à agência de negócios norueguesa Kystens Næringsliv, afirmando que não venderia “um único litro” de combustível às forças americanas “até que Trump esteja acabado”.
A declaração da empresa e os comentários do seu proprietário caíram com estrondo nas redes sociais, onde activistas do leninismo-globalismo contemporâneo aplaudiram o que analisaram como um “acto heroico de resistência”. Mas a celebração não durou muito tempo porque o governo norueguês não teve outra hipótese senão intervir. O Ministro da Defesa, Tore O. Sandvik, emitiu uma declaração oficial reafirmando que o governo norueguês não apoia a decisão imprudente da petrolífera e que as forças armadas dos EUA continuarão a receber todo o apoio necessário na Noruega. A declaração da Haltbakk Bunkers foi discretamente apagada das redes sociais, logo depois.
No comunicado ministerial lemos:
“Temos visto relatórios que levantam preocupações sobre o apoio a navios da Marinha dos EUA na Noruega. Isto não está de acordo com a política do governo norueguês. Posso confirmar que todo o apoio solicitado foi prestado. Os EUA e a Noruega mantêm uma estreita e forte cooperação em matéria de defesa. As forças americanas continuarão a receber da Noruega o abastecimento e o apoio de que necessitam.”
A Noruega faz parte da NATO. Qualquer problema de abastecimento que a marinha de guerra norte-americana registasse nos portos deste país, principalmente se decorresse de motivações políticas, levaria a um incidente diplomático de consequências imprevisíveis, dado o actual contexto, tenso e difícil, das relações entre os EUA e a Europa. Mas é preciso escrever isto?
O senhor Gunnar Gran devia demitir-se do papel de activista e dedicar-se por exclusivo ao seu negócio de encher depósitos.
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