Óperas transgénero na Colômbia. Bandas desenhadas LGBT no Peru. Laboratórios de armas biológicas na China. Experiências com tecido de fetos humanos em animais. Experiências de mudança de sexo com macacos. Experiências com híbridos de porcos, ursos e seres humanos. Cursos superiores para terroristas. Cantinas para a Al Quaeda. Armas para cartéis mexicanos. Máquinas de censura em Londres. Máquinas de propaganda em Kiev. Máquinas de propaganda em Bruxelas. Veículos eléctricos no Vietname. Cirurgias de mudança de sexo na Austrália. Lavagens ao cérebro de crianças, no Brasil. Políticas DEI na Sérvia. Culturas de ópio no Afeganistão. Interferência eleitoral na Georgia. Revoluções coloridas por toda a parte, mudanças de regime à escala global. Biliões transferidos directamente do Tesouro Federal para entidades sem identidade.
Não há nada que o contribuinte norte-americano não pague. Não há corrupção que não alimente. Não há esquema manhoso que não financie. Não há guerra que se faça sem o seu bolso profundo. Não há crime que não patrocine. Ele é, em média, o tipo mais generoso da história universal, mas também o patrono por excelência do crime organizado e da actividade terrorista. É o santo de todos os golpes de estado, o patrão de todos os inssurrectos, o pai de todos os traidores e censores e bandidos e apparatchiks.
E o que é mais: a creditar o Partido Democrata, os neoconservadores do Partido Republicano, os juízes dos estados liberais e uns bons 40% dos eleitores da federação, assim deve continuar o delírio das contas públicas, até ao falecimento de qualquer vestígio de bom senso. É assim muito bem gasto o produto do fisco. É assim muito bem investido, em armas para Zelensky que ele depois vende a traficantes de droga, que depois as usam para matar os agentes de fronteira no Texas. Faz todo o sentido.
É assim muito bem consumida a contribuição cidadã, mesmo que o cidadão não saiba da missa a metade, naquele país que nasceu para que ao cidadão não representado não fosse retirado dinheiro nenhum.
O que estamos a confirmar, nestes dias em que cada vez que Elon Musk e a sua equipa do Doge levantam uma pedra encontram um verme obsceno a despejar dólares na mais abominável das actividades humanas, é a velha suspeita de que o primeiro inimigo dos americanos não é a Rússia, não é a China, não é o Irão. O primeiro inimigo dos americanos é a América.
O primeiro inimigo dos americanos é o burocrata de Washington, o espião de Langley, o pide do FBI, o comissário da CNN, o gestor de fundos de Wall Street, o banqueiro da Reserva Federal, o académico de Harvard, o engenheiro de Silicon Valley, o CEO da Lockheed Martin, o representante de S. Francisco, o senador de Santa Fé, o governador da Califórnia, o Mayor de Boston.
O primeiro inimigo da América é a wine mom dos subúrbios de Seattle, o advogado de Chicago, o corretor de Nova Iorque, o sindicalista de Filadélfia, o humorista da ABC, o comentador desportivo da ESPN, a celebridade de Beverly Hills, o sionista de Hollywood.
E sobre esta gente toda, a ordem executiva de Trump será sempre insuficiente. Sobre esta gente toda não vão cair os mísseis do Pentágono, os polícias do ICE, os procuradores do Departamento de Justiça ou as tarifas aduaneiras e as sanções económicas da Casa Branca. Sobre esta gente toda, não recai a lei nem o roque. É uma nação outra, dentro da mesma.
É uma guerra civil, ainda e sempre, à espera de acontecer.
Paulo Hasse Paixão
Publisher . ContraCultura
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