O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy afirmou que o seu país recebeu menos de metade dos 177 biliões de dólares de ajuda acordados pelos EUA durante o regime de Biden e que não sabe para onde foi o resto do dinheiro.

Numa entrevista à AP, Zelenskyy afirmou que Kiev ‘só’ recebeu 75 biliões de dólares da ajuda militar aprovada.

“Quando ouço – tanto no passado como agora – os EUA dizerem que a América forneceu à Ucrânia centenas biliões de dólares, como presidente de uma nação em guerra, posso dizer-vos que recebemos pouco mais de 75 biliões de dólares. Por isso, quando as pessoas falam de 177 biliões de dólares ou mesmo de 200 biliões de dólares, nós nunca recebemos isso”.

E acrescentou:

“Estamos a falar de coisas tangíveis porque esta ajuda não veio em dinheiro, mas sim em armas, que ascenderam a cerca de 70 biliões de dólares. Quando se diz que a Ucrânia recebeu 200 biliões de dólares para apoiar o exército durante a guerra, isso não é verdade. Não sei para onde foi todo esse dinheiro. Talvez a administração do presidente dos EUA faça uma auditoria a estes programas e encontre biliões adicionais, mas não sei para onde foram esses fundos”.

 

 

As observações de Zelensky surgem depois de o Presidente Trump ter congelado toda a ajuda a países estrangeiros, com excepção de Israel e do Egipto.

Zelenskyy fez a mesma afirmação no mês passado no podcast de Lex Fridman, alegando que a Ucrânia não recebeu nem metade dos fundos atribuídos pelos EUA, e insinuou que isso pode ser devido à corrupção ou lobby de entidades americanas.

Elon Musk, que está a dirigir o Departamento de Eficiência Governamental de Trump, tomou nota das observações de Zelenskyy.

 

 

Para onde raio foi o dinheiro?

Se é verosímil que a organização mafiosa de Washington possa ter consumido uma parte da massa, também não é nada improvável que Zelensky esteja apenas a criar um álibi para o dinheiro que entretanto roubou aos contribuintes americanos. Principalmente considerando que a Ucrânia é uma dos países mais corruptos do mundo.

 

Elon Musk encerra a USAID. Mas…

O magnata da tecnologia Elon Musk, recentemente nomeado para dirigir o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) do presidente Donald J. Trump, anunciou planos para encerrar a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Num podcast do X Spaces, Musk declarou: “Estamos a fechá-la”, indicando que o presidente Trump concordou com ele após uma discussão detalhada sobre a agência, que é uma fachada da CIA e que financia organizações não-governamentais (ONGs) e outras entidades em todo o mundo.

“Passámos o fim de semana a colocar a USAID no triturador.”, publicou Musk no X., acrescentando noutro post: ” A USAID é uma organização criminosa.”

 

 

A medida surge num contexto de acções por parte da administração que sinalizam cepticismo em relação à agência. O financiamento da USAID foi recentemente congelado e muitos dos seus funcionários foram colocados em licença.

Oficialmente, a USAID deve ajudar instituições de caridade e países pobres – incluindo o Afeganistão governado pelos talibãs – mas há alegações generalizadas de que a agência está a canalizar o dinheiro dos contribuintes dos EUA para projectos políticos de um neo-liberalismo radical e a perder biliões para a corrupção.

Em 2023, sob o antigo regime Biden-Harris, a USAID promoveu o activismo em prol da ideologia de género e do aborto. A agência também deu dinheiro a ONGs como o Projecto de Denúncia de Crime Organizado e Corrupção (OCCRP), que esteve envolvido no primeiro impeachment do presidente Trump, apoiado pelos democratas.

Embora o OCCRP afirme ser politicamente neutro, o seu cofundador, Drew Sullivan, tem sido tudo menos imparcial nas redes sociais, promovendo a narrativa de que as tatuagens de inspiração católica do Secretário da Defesa Pete Hegseth são de “extrema-direita”, por exemplo.

Entretanto, Donald Trump Donald disse  aos jornalistas no domingo à noite que  os funcionários da agência eram “um bando de lunáticos radicais”, acrescentando que a sua administração estava a “tirá-los de lá” antes de tomar uma decisão final sobre o seu futuro.

Foi posteriormente anunciado pela Casa Branca que a USAID teria de facto sido terminada, mas que as suas competências passaram a ser assumidas pela Secretaria de Estado, ou seja, por Marco Rubio.

Porque, como sabemos proverbialmente, para que tudo permaneça igual, é necessário que tudo mude.