Uma operação de spamouflage desenvolvida em Espanha pelos serviços secretos chineses, em que um grupo de agentes se fizeram passar nas redes sociais por activistas nativos, tentou utilizar as inundações catastróficas que atingiram Valência em Outubro do ano passado para instigar o derrube do governo do país. Disfarçando-se de um grupo de defesa dos cidadãos espanhóis alegadamente sediado em Madrid, os agentes chineses estiveram activos de Novembro a Janeiro nas plataformas Facebook, X, BlueSky e TikTok.
As contas nas redes sociais do grupo publicavam e amplificavam conteúdos críticos do governo central espanhol, em Madrid, e de Carlos Mazon, governador regional de Valência. Os posts, redigidos em inglês e em castelhano, focavam principalmente as inundações que resultaram na morte de 200 pessoas.
Para além de amplificar a ira pública contra Mazon – que muitos valencianos criticaram devido à forma como geriu a catástrofe – a operação chinesa de spam também visou o rei Filipe VI e o primeiro-ministro Pedro Sánchez, de extrema-esquerda. A exposição da operação de influência nas redes sociais sugere que o Partido Comunista Chinês (PCC) está menos interessado em promover uma ideologia de esquerda uniforme em todo o mundo. Em vez disso, procura activamente minar os governos ocidentais que considera estarem minimamente alinhados com os interesses da União Europeia e dos Estados Unidos.
Neste caso específico, os chineses estava de facto a tentar fazer um favor ao povo espanhol, com a intenção de o livrar de um dos mais autoritários, corruptos, incapazes, radicais e detestáveis líderes que o país ibérico já conheceu e que permanece no poder graças a um acordo com terroristas fugidos à justiça, que precisou de perdoar para os trazer de volta a Espanha. Infelizmente, não foram bem sucedidos.
Uma operação chinesa de spamouflage semelhante ocorreu nos Estados Unidos durante as eleições presidenciais de 2024. Agentes chineses, usando as plataformas de rede social, fizeram-se passar por apoiantes americanos do presidente Donald J. Trump e amplificaram conteúdos ditos conspiratórios, como afirmações de que o presidente Joe Biden era um “pedófilo satanista”, para desacreditar o movimento MAGA.
Mais uma vez, os objectivos chineses não eram tanto promover a ideologia de esquerda, mas sim semear a discórdia para acelerar a deterioração da confiança pública entre a população do país, que vê como um rival geopolítico.
Este episódio revela porém alguma ingenuidade política por parte dos chineses, já que ninguém perde credibilidade política por acusar Joe Biden de ser um “pedófilo satanista”. Se calhar, e contra os objectivos da sua missão, os operacionais chineses acabaram até por trazer votos a Donald Trump, ao propagarem a deveras credível afirmação.
Na verdade, no caso americano como no espanhol, os serviços secretos chineses estão a fazer mais pela civilização ocidental do que a sua (pobre) imaginação consegue projectar.
LOL
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