Tema musical integrado no projecto ContraCantigas, que vem complementar a intenção do ContraCultura em criar produtos culturais que espelhem os valores que a publicação defende e a crítica que faz ao pós-modernismo e às tendências decadentes das artes contemporâneas.
A letra desta canção é inspirada no poema que Zeca Afonso escreveu para a sua imortal trova “Vejam Bem“.
LEVANTADO DO CHÃO
Anda p’lo breu da noite à procura
Das gaivotas perdidas no mar
Essa estátua febril e madura
Que se dobra e põe a pensarAo cavaleiro da triste figura
não há quem lhe queira valer
Anda p’lo breu da noite à procura
De se encontrar, de se perderAnda p’la praça da noite escura
Desbravando os caminhos do pão
Essa estátua dobrada e madura
Não há quem a levante do chãoNão há quem a levante
Não há quem lhe queira valer
Não há quem a levante
Não há quem lhe queira valerAnda p’lo breu da noite à procura
Das gaivotas fugidas da terra
Essa estátua de fraca armadura
Cavaleiro com saudades da guerraAo homem que se põe a pensar
Que desbrava caminhos em vão
Caído na praça, regressado do mar
Não há quem o levante do chãoAo relento dessa noite escura
Vem a febre, deixa-se arder
A essa estátua dobrada p’la usura
Não há quem lhe queira valerNão há quem a levante
Não há quem lhe queira valer
Não há quem a levante
Não há quem lhe queira valerAnda p’lo breu da noite à procura
Das gaivotas perdidas no mar
Essa estátua de fraca armadura
Que se dobra e põe a pensarAo cavaleiro da triste figura
não há quem lhe queira valer
Anda p’lo breu da noite à procura
De se encontrar, de se perderAo relento dessa noite escura
Vem a febre, deixa-se arder
A essa estátua dobrada p’la usura
Não há quem lhe queira valerNão há quem a levante
Não há quem lhe queira valer
Não há quem a levante
Não há quem lhe queira valerNão há quem a levante
Não há quem lhe queira valer
Não há quem a levante
Não há quem lhe queira valer
Relacionados
5 Nov 25
Clássicos Britpop: Oasis, Blur e Stone Roses.
A discoteca da minha vida #16: três bandas britânicas que nasceram com os anos 90 e que cresceram pela eternidade a dentro, numa sinfonia electrificada e desalinhada de talento, má criação e vocação épica.
15 Out 25
Clássicos Grunge: Nirvana, Alice in Chains, Smashing Pumpkins.
A discoteca da minha vida #15: três das mais poderosas bandas que rebentaram entre Seattle e São Francisco para fazer da década de 90 um operático e desalinhado manifesto rock, com tiros na cabeça, hinos que fazem parar a chuva e Alice no país das moscas.
29 Set 25
Playlist Improvável #2:
Canções para matar saudades.
Algumas canções doem, outras fazem rir, outras parecem resistir ao tempo só porque aprendemos a ouvi-las de outra maneira. Uma playlist de Silvana Lagoas.
24 Set 25
Profetas e estetas dos anos 90: Eno & Cale, Flowered Up, REM e The Curve.
A discoteca da minha vida #14: abrindo caminho para as pautas que aí vinham, quatro orquestras - duradouras umas, éfemeras outras - que marcaram o início dos anos 90, com talento iniciático e ímpeto visionário.
15 Set 25
Pop filosófico: uma playlist improvável.
Silvana Lagoas tomou conta do Gira-discos do Contra para fazer um retrato da condição humana em 12 temas improváveis, mas que constituem evidência material que o pop pensa e obriga-nos a pensar.
3 Set 25
No velório dos anos 80: Loyd Cole, Lou Reed, The Mission e Pixies.
A discoteca da minha vida #13: no funeral da mais exuberante e escaganifobética década da história da música, tocam os timbres sonhadores de Lyod Cole, os riffs apocalíticos dos Mission, os acordes heréticos dos Pixies e a ópera urbana de Lou Reed.






