O braço executivo não eleito da União Europeia, a Comissão Europeia, iniciou uma acção judicial contra o Reino Unido por alegadas falhas em aderir aos regulamentos de  “liberdade de circulação” após o Brexit. Isto acontece no momento em que o líder trabalhista pró-UE, Keir Starmer, procura “redefinir” as relações com o bloco, alegadamente incluindo medidas para desfazer partes do Brexit.

A Comissão remeteu o Reino Unido para o Tribunal de Justiça da União Europeia, invocando o incumprimento do acordo de saída pós-Brexit, nomeadamente no que diz respeito aos direitos dos residentes de circular e trabalhar nos Estados-Membros da UE. A questão teve origem em Maio de 2020, quando a Comissão acusou o Reino Unido de impedir os direitos de livre circulação dos cidadãos da UE e das suas famílias. Apesar das comunicações e avisos anteriores, a Comissão afirmou na segunda-feira que várias questões continuam por resolver, nomeadamente no que diz respeito aos direitos dos trabalhadores e aos direitos dos membros da família alargada.

Nos seus primeiros meses de mandato, o primeiro-ministro Starmer deu prioridade a um novo acordo com a UE. É acusado de ter criado um “esquadrão de rendição” de funcionários públicos pró-UE para negociar com o bloco a reversão de partes importantes do Brexit sem tecnicamente voltar a aderir à União Europeia.

Coincidindo com o processo judicial, soube-se que Bruxelas planeia exigir que os britânicos se submetam a certas leis da UE em troca de um acordo comercial melhorado.

Um documento de estratégia sugere que os negociadores da UE exigirão também que os britânicos aceitem a jurisdição do Tribunal de Justiça Europeu como condição para qualquer acordo comercial melhorado, pondo em causa a soberania nacional do Reino Unido. O documento também enfatiza os direitos de pesca – os navios da UE devastaram as reservas piscícolas das águas territoriais britânicas durante muitos anos – e o chamado “esquema de mobilidade juvenil” que permite aos jovens cidadãos da UE emigrar facilmente para a Grã-Bretanha.

Tudo isto num contexto estatístico em que a imigração no Reino Unido explodiu para mais de 900.000 entradas no ano passado, batendo todos os recordes históricos.

Seja como for, qualquer europeu continental que queira imigrar para o Reino Unido só tem que o fazer ilegalmente, que será recebido de braços abertos, com alojamento gratuito, cuidados de saúde imediatos e todo o género de regalias possíveis e imaginárias.