O Presidente Donald J. Trump ordenou a desclassificação de documentos confidenciais relacionados com as investigações federais sobre os assassinatos do antigo Presidente John F. Kennedy, do seu irmão e antigo Procurador-Geral Robert F. Kennedy Sr., e do líder do movimento dos direitos civis Reverendo Martin Luther King Jr.

A ordem foi assinada por Trump na quinta-feira, cumprindo uma promessa de campanha de longa data de trazer transparência quanto ao que o governo dos EUA sabe sobre os assassinatos políticos de alto perfil que abalaram a década de 1960.

“Tudo será revelado”, disse o Presidente Trump aos jornalistas ao assinar a ordem executiva na Sala Oval, indicando que a caneta fosse entregue ao filho de RFK, Robert F. Kennedy Jr.

Durante o seu primeiro mandato, Trump desclassificou uma parte dos ficheiros do governo dos EUA sobre o assassinato de JFK. No entanto, cerca de 5.000 dos ficheiros foram retidos por funcionários do governo e Joe Biden decidiu adiar a sua divulgação em 2021.

Há teorias, dados e testemunhos que sugerem que a CIA, a Mafia e/ou forças do estado profundo não identificadas estiveram por trás do assassinato do Presidente americano.

Para além dos ficheiros JFK, Trump ordenou a divulgação de documentos relativos ao assassinato do Kennedy mais novo, RFK, que foi assassinado por Sirhan Sirhan – um cidadão palestiniano jordano – em Junho de 1968. Enquanto o assassinato de JFK é objecto de um vasto leque de teorias da conspiração, a morte do seu irmão é também alvo de especulações de que a narrativa oficial do governo não corresponde a toda a verdade.

Entretanto, os activistas do movimento dos direitos civis há muito que defendem que o Federal Bureau of Investigation (FBI) e o seu fundador, J. Edgar Hoover, especificamente, estiveram envolvidos no assassínio do Rev. Martin Luther King Jr. Os membros da família King têm defendido sistematicamente que James Earl Ray, um fugitivo condenado pelo assassínio, foi um bode expiatório e inocente do crime. Em vez disso, a família acredita que o tenente Earl Clark, oficial do Departamento de Polícia de Memphis, foi o verdadeiro assassino, cujas acções foram encobertas e possivelmente até sancionadas por agentes da lei federais.

Esta decisão era há muito aguardada, principalmente em relação aos ficheiros do caso JFK, embora seja discutível que os documentos classificados que ainda existem possam iluminar os piores segredos dos poderes nefastos que infectam os corredores do poder em Washington desde o desenlace da II Guerra Mundial.

A ver vamos.