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Refaz, dessa minúscula brisa de esperança,
(brisa no sentido do vento que não sopra),
a iluminura antiga onde se escreve o teu poema,
a tua singular festa na agonia,
o teu rancor de rosas e trigais.
Porque a mão que te segura já não é tua.
Alburneo
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Mais poemas de Alburneo no ContraCultura.
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