O novo embaixador do Reino Unido nos Estados Unidos referiu-se ao presidente eleito Donald J. Trump como um “perigo para o mundo” e afirmou que ele era “pouco menos que um nacionalista branco e um racista”.

Keir Starmer achou que esta era a pessoa certa para fazer diplomacia em Washington.

De facto, Lord Peter Mandelson, três vezes ministro dos governos trabalhistas de Tony Blair e Gordon Brown, foi anunciado esta semana como a escolha do primeiro-ministro Sir Keir Starmer para embaixador nos EUA.

O infame globalista, de cognome ‘Príncipe das Trevas’ e que esteve intimamente ligado ao bilionário pedófilo Jeffrey Epstein, não foi tímido quanto às suas opiniões sobre o Presidente eleito no passado, criticando o anterior governo conservador por ter tentado desenvolver relações com o líder do America First durante o seu primeiro mandato. Certa vez afirmou que Trump

“nunca deverá ser visto pelas pessoas na Grã-Bretanha como uma verdadeira personificação ou porta-voz de nossos valores”.

E de forma muito pouco diplomática, escreveu também:

“O que Donald Trump representa e acredita é um anátema para a opinião britânica dominante, e a ideia de que, como resultado do Brexit, temos que nos curvar a um presidente americano que tem essas opiniões vai indignar as pessoas na Grã-Bretanha”.

Em 2018, escreveu um artigo de opinião afirmando que era

“necessário reconhecer o comportamento do Sr. Trump pelo que ele é: um valentão e um mercantilista que pensa que os EUA só ganharão no comércio quando os outros estiverem a perder”.

O ‘Príncipe das Trevas’ pode ter dificuldade em estabelecer uma relação com Trump, tendo anteriormente descrito o líder do America First como “desdenhoso, sem escrúpulos, preparado para dizer qualquer coisa para colher o voto populista”.

Lord Mandelson não é de todo o único político proeminente do Partido Trabalhista que expressou aberto desdém por Trump nos últimos anos. Por exemplo, o actual ministro dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, chamou a Trump um “sociopata simpatizante dos neonazis” e um “tirano”. No início deste ano, recusou-se a pedir desculpa pelos comentários, mas elogiou Trump por ter armado a Ucrânia durante o seu primeiro mandato.

Membros do Partido Trabalhista chegaram a tentar cancelar a visita de Estado de Trump ao Reino Unido em 2019, alegando que ele promovia a misoginia e a xenofobia.

 

De escândalo em escândalo até à embaixada em Washington.

Lord Mandelson teve de se demitir em desgraça do governo de Tony Blair em duas ocasiões distintas. No entanto, os sucessivos líderes do partido têm-no reintegrado repetidamente em posições de poder, apesar dos escândalos e das suas ligações pouco recomendáveis a Jeffrey Epstein.

Após a sua segunda demissão do governo de Blair, foi nomeado para a Comissão Europeia, o executivo não eleito da União Europeia (UE). Os escândalos na UE também atormentaram Mandelson, mas o sucessor de Blair, Gordon Brown, concedeu-lhe um lugar vitalício na Câmara dos Lordes e fê-lo regressar a um governo pela terceira vez após o termo do seu mandato.

Assíduo colaborador do WEF, Mandelson é famoso por ter permanecido “particularmente próximo” de Jeffrey Epstein, mesmo depois de este ter sido condenado por aliciamento de menores. Consta que telefonou a Epstein na prisão, quando estava no governo de Brown, para marcar um encontro com Jamie Dimon, presidente do JP Morgan.