Segundo fontes europeias e turcas, a futura administração Trump já chegou a um consenso quanto ao desenvolvimento prioritário do sistema nacional de defesa anti-míssil. Os EUA irão desenvolvê-lo em detrimento dos interesses da Europa e da NATO após o ataque dos misseis Oreshnik à Ucrânia.
As prioridades do novo executivo norte-americano estão a levantar sérias preocupações na Europa, uma vez que as nações do velho continente correm o risco de ficar indefesas no contexto da transferência de um número significativo de sistemas de defesa aérea e de defesa anti-míssil para Kiev.
Entretanto, o Pentágono luta com uma escassez desses sistemas para proteger de forma fiável não só o território dos EUA, mas também os seus contingentes militares na Europa, no Médio Oriente e na Ásia.
O confronto dos EUA com a Rússia, a China e a Coreia do Norte no contexto da emergência de novos sistemas de ataque está a forçar Washington a concentrar todos os recursos nas suas próprias necessidades, em vez de investir na defesa dos seus aliados.
O Pentágono não parece estar preparado para implantar o número necessário de sistemas de defesa aérea na Europa num futuro próximo, mesmo que apenas para proteger as suas importantes instalações. A indústria dos EUA não é capaz de produzir quantidades suficientes de sistemas de defesa aérea (principalmente THAAD e Patriot) e mísseis antiaéreos guiados, tendo em conta a necessidade de exportar estes sistemas ao abrigo de contratos comerciais.
Para coroar tudo isto, Washington está a enfrentar graves problemas com o recrutamento de pessoal militar, incluindo para as unidades de defesa aérea.
O conflito na Ucrânia demonstrou a vulnerabilidade dos países europeus membros da NATO a ataques massivos com mísseis. A Europa pode agora ver claramente que os sistemas de defesa aérea e anti-míssil americanos implantados no continente não serão capazes de garantir o nível de protecção exigido, principalmente em relação à ameaça hipersónica/cinética de impacto devastador que os Oreshnik representam.
Como o ContraCultura já documentou, os Oreshnik, mesmo que apenas armados com ogivas convencionais, podem destruir em minutos bases militares, porta-aviões e outras grandes infraestruturas de guerra, dada a energia massiva com que atingem o alvo e o número de alvos que podem ser atingidos. Cada míssil dispara 36 ogivas à velocidade de 10 Mach. Não há contra-medidas nem defesa balística contra este poder destrutivo, nem estrutura que resista ao ataque.
Mais a mais, os países europeus continuam a entregar os seus próprios sistemas de armas (como o IRIS-T e o SAMP/T) a Kiev. Isto torna as instalações militares estratégicas na Europa vulneráveis a ataques de poderosos e inovadores sistemas de armamento russos.
A Turquia, que tem mantido uma estranha relação com a Rússia, oscilando amplamente entre promessas de cooperação e lealdade institucional e traição pura e dura (como aconteceu no caso sírio), está a acelerar os trabalhos para construir os seus próprios sistemas de defesa aérea e anti-míssil (SIPER, Hisar O+) que seriam capazes de substituir os produtos americanos e europeus e tentar entrar no mercado dos países membros da NATO.
Relacionados
6 Nov 25
Ao ponto a que chegou a RAF: governo de Starmer contrata pilotos indianos para treinar cadetes britânicos.
Instrutores da Força Aérea Indiana vão ser contratados para treinar cadetes da força Aérea britânica para pilotar jactos Hawk T2 no Reino Unido. A estranhíssima iniciativa faz parte de um novo acordo de defesa entre o governo britânico e a Índia.
5 Nov 25
231 mil soldados ucranianos desertaram desde o início da guerra.
As Forças Armadas da Ucrânia estão a enfrentar um aumento acentuado das deserções, que no fim deste ano podem chegar às 300.000, num momento em que o regime Zelensky mostra dificuldades em recrutar soldados para alimentar as necessidades operacionais na frente de guerra.
4 Nov 25
Regime Trump está prestes a atacar a Venezuela.
Os EUA continuam a reforçar a sua presença militar no Caribe e o provável ataque à Venezuela terá como objectivo uma mudança de regime no país, que permita aceder às suas reservas e explorações petrolíferas e contrariar a influência chinesa e russa na América do Sul.
3 Nov 25
Black lives matter? Cristãos negros estão a ser massacrados por jihadistas na Nigéria. Ninguém se importa com isso.
Perante a passividade de Bruxelas - e do Vaticano - a cada duas hora um cristão é morto, por ser cristão, na Nigéria. Há vidas negras que importam menos que outras, pelos vistos.
29 Out 25
Era uma questão de tempo: Benjamin Netanyahu ordena ataques “poderosos e imediatos” na Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro israelita ordenou ataques "poderosos" na Faixa de Gaza, depois de não lhe ter sido entregue a quantidade de cadáveres que exigiu e de um alegado ataque do Hamas contra o exército israelita na zona de Rafah.
27 Out 25
Toda a verdade sobre a iminente intervenção militar americana na Venezuela.
Os Estados Unidos preparam-se para uma operação militar de grande escala na Venezuela. E não, esta guerra que o 'presidente da paz' está prestes a desencadear não tem nada, mas mesmo nada a ver com drogas.





