Ao Presidente francês Emmanuel Macron é frequentemente atribuída a discutível virtude de ser um mestre da sobrevivência política, e por boas razões. Muitos não esperavam que ele sobrevivesse aos protestos dos coletes amarelos, em 2018. Outros garantiram de que seria derrubado pelos distúrbios massivos que surgiram a propósito da sua reforma da segurança social em 2023. Houve também quem apostasse que Macron não resistiria à rebelião generalizada dos agricultores no ano passado.
Mais fúnebres prognósticos surgiram quando os resultados catastróficos das eleições europeias o levaram a antecipar as eleições legislativas, num erro estratégico que acabou por deixar a França num impasse e aparentemente ingovernável.
Mas a verdade é que o homem sobreviveu a cada uma destas crises – ferido e enfraquecido, com vários governos minoritários, 3 primeiros-ministros num ano e o poder colonial francês em colapso, com tropas a serem expulsas dos países africanos do Níger, Mali, Burkina Faso, Chade, Senegal e Costa do Marfim.
Mas está vivo, nem que seja por pouco. Em teoria ainda tem anos de mandato, por isso poderá recuperar, certo? Dificilmente. Mas com Macron, que não é propriamente um líder que valorize a lógica democrática, tudo é possível.
Isto embora seja legítimo especular sobre qual o limite mínimo de popularidade que o ‘Anão Napoleão’ poderá sustentar. Uma sondagem recente revelou números sombrios para a figurinha globalista que preside aos destinos dos infelizes franceses.
A sondagem, realizada pela Odoxa e pela Backbone para o jornal francês Le Figaro conclui basicamente que Emmanuel Macron deixa 71% dos franceses deveras preocupados, 61% acham que o Presidente se deve demitir ou ser destituído (uma subida de 7% desde Setembro de 2024) e que 65% consideram que o Presidente não está apegado a valores democráticos.
A sério? Ninguém diria.
Os franceses acreditam porém, e talvez ingenuamente, que o Presidente lhes dará novamente voz através da realização de escrutínios eleitorais ou referendos. O problema é que 71% deles não pensa que ele vá implementar as decisões resultantes destas consultas.
86% dos franceses pensam que o governo nomeado em Dezembro não tem futuro e que Macron terá de nomear um novo primeiro-ministro em 2025. Que será o quarto em pouco mais de um ano.
Sobre uma nova dissolução do Parlamento com novas eleições legislativas: 50% são a favor, 49% são contra – Mas isso não afectaria Macron, que é a fonte de todos os problemas.

Seja como for, a França, que como dizia de Gaule está dividida em 60 milhões de franceses, é vítima apenas de si própria. Um país que permite ser liderado por um homem como Emmanuel Macron não é bem um país. É um protectorado de Davos.
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