Às vezes, quando confrontados com a abominação e a vilania da imprensa corporativa, não sabemos se havemos de rir ou de chorar. Mas considerando a queda de audiências e de influência desta indústria de propaganda, rir é o melhor remédio.
O Contra recolheu dez episódios documentados no correr de 2024. Risíveis ou hilariantes, mesmo quando tentam apenas cumprir agendas sinistras, são a prova provada de que os meios de comunicação social convencionais estão claramente em estado de decomposição.
As eleições como ameaça à democracia.
Adivinhando derrotas eleitorais e reveses culturais que iam experimentar em 2024, e temendo, com bons motivos, os resultados de mais de 40 actos eleitorais que iriam suceder nos meses seguintes, os apparatchiks do Bloomberg anunciavam em Janeiro que a democracia estava em risco porque milhões de cidadãos iam ser chamados às urnas.
Porque não há nada mais perigoso para regimes democráticos que o voto, claro.
Desesperadamente à procura de negros no Japão seiscentista.
Em Março, um colunista da publicação de extrema-esquerda Medium escreveu um artigo a queixar-se da falta de actores negros numa série de televisão sobre guerreiros samurais no Japão do ano 1600.
O programa, produzido pela FX, é um remake da popular série Shōgun, de 1980, que também não tinha actores negros, obviamente, porque a acção evolui no Japão do princípio do século XVII e se ainda hoje é difícil encontrar um negro que não seja turista no Japão, imaginem a quantidade de samurais de origem africana que lá existiam nessa altura.
O texto de Spivey é apenas mais um exemplo do ridículo e perverso e insano e perigoso esforço da escolástica woke para reescrever a história, introduzindo etnias e tons de pele desajustados às realidades específicas de episódios pretéritos.
Exemplos desta tendência, que o Contra tem documentado com frequência, não faltam: desde “documentários” que caracterizam a grega Cleópatra como negra e Newton como mestiço, a exposições que ilustram generais romanos de epiderme escura como o ébano, ou africanos como construtores do complexo megalítico de Stonehenge, a falsificação da história – e da cultura – parece não ter limites.
A termodinâmica dos prostitutos transgénero indonésios.
Em Abril, um correspondente da Reuters publicou no Independent aquele que será talvez o artigo mais bizarro de sempre, alertando para o facto de as alterações climáticas estarem a ter um impacto negativo nos rendimentos dos trabalhadores sexuais transgénero indonésios.
E se o leitor não perceber de imediato o alcance civilizacional deste luminoso ensaio de transcendeste profundidade sociológica, será homofóbico e negacionista da ciência, certamente.
Este texto está perfeitamente enquadrado no extremismo progressista dos dias que correm, que mistura as fraudes da agenda globalista umas com as outras, de forma a que ganhem a consistência que não têm.
Fascismo de género no país de Alice: revista Time indigna-se com o facto dos homens não poderem abortar na Florida.
Um artigo da revista TIME contou em Maio a história de uma mulher biológica de 18 anos que se identificava como transexual e que ficou chocada ao descobrir que um encontro sexual com um homem levou a uma gravidez, apesar de estar a tomar testosterona.
Mas a TIME fez de conta que a mulher grávida era um homem e lamentou as leis que regulam a prática do aborto no sunshine state:
“A gravidez dele foi um choque. A lei do aborto da Florida tornou-a mais difícil”.
Aguardamos com fervor religioso um artigo na Time que lamente a mortandade entre as mulheres causada pelo cancro na próstata.
HuffPost dá luz verde a Joe Biden para assassinar Donald Trump.
O Huffington Post publicou em Julho aquela que foi considerada “a manchete mais perigosa da história americana”, após decisão do Supremo Tribunal que reconheceu a imunidade presidencial sobre acções penais por actos cometidos oficialmente.
O ódio a Donald Trump tem todas as qualidades de um vício em drogas duras. Como muitos junkies, os liberais afectados por esta patologia na imprensa corporativa precisam de doses retóricas cada vez mais fortes para atingir os mesmos patamares de êxtase. o HuffPost satisfez o seu desejo doentio de aumentar continuamente o ódio anti-Trump, publicando um artigo inflamado e inflamatório que levou os utilizadores das redes sociais a denunciarem o seu conteúdo ao FBI e aos Serviços Secretos.
Na manchete lemos:
“Supremo Tribunal dá a Joe Biden o OK legal para assassinar Donald Trump”.
O artigo foi publicado a 8 de Julho. Donald Trump sofreu a primeira tentativa de assassinato, num comício em Butler, Pensilvânia, a 13 de Julho. Será que alguém na Casa Branca levou o texto do Huffpost a sério? Seja como for, se Trump não tivesse movido a cabeça no último microssegundo, evitando o balázio, este desvario não teria piada nenhuma. Felizmente, o homem sobreviveu para dar ao artigo um carácter anedótico.
Inteligência artificial para fazer de Joe Biden um homem esperto.
Na sequência do catastrófico debate presidencial entre Donald Trump e Joe Biden, que conduziu em última análise à exclusão do candidato democrata do acto eleitoral e da sua substituição por Kamala Harris, mesmo apesar do Presidente em exercício ter vencido as primárias, o HuffPost, que é uma máquina de fabricar piadas inadvertidas, propôs em Julho que a campanha do senil chefe de estado fosse auxiliada por tecnologias de inteligência artificial que lhe disfarçassem as óbvias incapacidades mentais, assim iludindo os eleitores.
O artigo sugeria mesmo que a equipa de Biden produzisse vídeos falsos em que o candidato falasse perfeitamente e parecesse mais do que meio acordado, e que os fizesse passar por reais para encorajar as pessoas a votarem nele para um segundo mandato como Presidente do país, quando na realidade o homem nem sequer consegue formar pensamentos coerentes ou funcionar durante 90 minutos por dia.
Para ‘salvar a democracia’, vale tudo. Até falsificar vídeos com IA. É de morrer a rir.
É muito estranho que Trump apareça em menos comícios depois de ter sido baleado num.
A Axios publicou um artigo em Outubro que referia que Donald Trump estava a realizar menos comícios, perguntando-se pelas razões desse indecifrável mistério. A peça comparava a sua corrida de 2016 com a deste ano, observando que o candidato republicano teria realizado muito menos comícios em 2024.
A insinuação era a de que o candidato republicano não seria tão popular como já foi, ou que estava excessivamente velho e cansado. O texto consegue evitar a questão central e mais que óbvia: depois de o tentarem assassinar por duas vezes (não contando com o ataque com gases tóxicos no Arizona) e de ter sido informado que circulavam alegremente 5 equipas de assassinos pelo território dos EUA à espera de uma oportunidade para o matar, era apenas natural que as aparições em público perante grandes multidões fossem significativamente reduzidas.
A CNN engana-se na vítima. E liberta um vilão.
A CNN, que continua a perder audiências como se não houvesse amanhã e a cristalizar o estatuto de estação mais imbecil da história da televisão por cabo, afirmou em Dezembro que um homem na Síria que ajudou a libertar da prisão era um prisioneiro político do regime Assad. Acontece afinal que o indivíduo era um notório torturador do regime deposto, que se disfarçou para escapar à captura.
Salama Mohammad Salama, primeiro-tenente dos serviços secretos da Força Aérea Síria, é um alegado criminoso de guerra e um dos principais torturadores do regime de Assad, que frequentemente extorquia dinheiro aos prisioneiros para não os torturar.
De acordo com residentes locais de Damasco, Salama esteve preso durante apenas algumas semanas na sequência de uma disputa com um superior sobre a divisão do dinheiro do esquema de extorsão que mantinha nas prisões do regime.
É impossível ficcionar uma coisa destas. A realidade é invariavelmente mais surrealista.
A ciência dos ratos com pénis gigantes.
Também na imprensa dita científica acontecem inadvertidos exercícios de humor. Em Fevereiro a revista Frontiers in Cell and Development Biology publicou um paper que afirmava mostrar a via de sinalização das células-tronco do esperma, num rato sentado com um falo erecto e enorme e quatro testículos gigantes.
A ilustração foi supostamente criada usando o Midjourney, a ferramenta de geração de imagens de IA, que adicionou rótulos ao diagrama ridículo usando termos que não existem, incluindo “dissilced”, “testtomcels” e “senctolic”.
Incrivelmente, o artigo foi publicado na revista, onde foi lido por cientistas que imediatamente reconheceram que as imagens e as descrições não eram baseadas em “nenhuma biologia conhecida”.
Um dia destes, a Frontiers in Cell and Development Biology publicará um paper sobre chimpanzés que escrevem novelas épicas revisto por pares e tudo.
Scientific American em defesa do ‘corno’.
A revista científica mais antiga da América, fundada em 1845 e que já publicou mais de 200 prémios Nobel, incluindo Albert Einstein, manifestou-se em Outubro orgulhosamente a favor de os homens deixarem as suas mulheres e namoradas terem sexo com outros homens.
Brooke Scelza, professora do Departamento de Antropologia da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, escreve um artigo surreal, que começa com este sugestivo título, difícil de traduzir para português, dado o calão:
“Here’s What the ‘Manosphere’ Gets Wrong about Cuckoldry”
Numa tradução livre, será qualquer coisa como “Eis como a masculinidade se engana sobre a infidelidade”, embora ‘manosphere’ e ‘cuckoldry’ não tenham na verdade tradução para a língua de Camões (este último termo define a qualidade do ‘cornudo’).
Se não se levassem tão a sério e assumissem a comédia, as redacções da imprensa corporativa talvez tivessem futuro. Mas assim sendo, e continuando a fingir que são gente sisuda com amor pelos factos, estão condenados à irrelevância.
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