Tenho o privilégio de, entre outras atividades, escrever para duas prestigiadas publicações que são a Carta de Notícias – que divulga minhas análises em todo o Brasil – e o ContraCultura, revista portuguesa a espalhar pela Europa, com todas as consequências e repercussões imagináveis, as opiniões deste que vos escreve.
Mais que exibicionismo, o parágrafo acima serve para que o leitor entenda a importância de determinados artigos quando os envio para publicação simultânea, em ambas as revistas. E é o caso destas linhas, que tratam do fim definitivo da liberdade de expressão no Brasil, em uma usurpação de poderes do Legislativo, por parte da Suprema Corte brasileira – titular da atual narco-ditadura comuno-globalista instaurada em nosso país.
O nome do Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, será sempre lembrado como o de mera “mascote” do STF (Supremo Tribunal Federal), a aceitar os estupros constitucionais cometidos pelos togados, a processar parlamentares por discursos na tribuna, prendendo-os pelos mesmos atos e legislando, ditatorialmente, em lugar dos representantes do povo por nós eleitos.
Na mesma coleira amarra-se Arthur Lira, Presidente da Câmara dos Deputados e que, igualmente, aceita de modo absolutamente passivo os arreganhos do STF, jogando todo o Poder Legislativo na lata do lixo. E tal conjuntura deve ser lembrada diariamente aos brasileiros, bem como denunciada com a força possível aos países europeus.
Agora, nesta quarta-feira 27 de novembro, este mesmo STF começa a se reunir para revogar – ao fim e ao cabo trata-se disso – a liberdade de expressão do brasileiro nas redes sociais, atribuindo às mesmas o papel de “reguladoras” daquilo que seu usuário publica. Mais que exercer o papel de “editor”, um YouTube deverá entender – pressupor – aquilo que não seja considerado “democrático” pelos supremos togados e, de modo compreensivelmente muito mais feroz, excluir tudo o que não seja “limpinho, bonitinho e cheiroso”, aos olhos da ditadura vigente.
O STF reúne-se para legislar no lugar do Congresso, e o mesmo se cala. Do mesmo modo o brasileiro assiste a tudo e nada manifesta além da absoluta indiferença. E esta é a receita para a instauração de qualquer ditadura: a passividade geral do Congresso, povo e Forças Armadas – sequer menciono a grande mídia, pela sua evidente cumplicidade em todos e quaisquer crimes cometidos pelo consórcio ditatorial, atualmente no poder, aqui no Brasil.
Este artigo, que pretendo seja publicado pelo ContraCultura e Carta de Notícias, presta-se apenas a avisar – talvez em sua última oportunidade – ao Brasil e ao mundo, que a maior República do cone sul e maior produtor mundial de alimentos está prestes a mergulhar em trevosa ditadura, sob o comando da China comunista, bem como da Rússia eurasiana – nada, nunca mais, será como antes e o mundo sentirá tais efeitos.
A educação manda apelar à solidariedade mundial mas, caso mereça apenas a indiferença, a fome subsequente certamente fará o serviço por nós.
Que haja uma reação global contra os absurdos que vivemos e que os brasileiros aprendam, em definitivo, a nunca mais se permitirem ser apenas um bando de carnavalescos promíscuos e vagabundos.
Não ouso prever o dia de amanhã, mas a sorte está lançada.
Seja o que Deus quiser.
WALTER BIANCARDINE
___________
Walter Biancardine foi aluno de Olavo de Carvalho, é analista político, jornalista (Diário Cabofriense, Rede Lagos TV, Rádio Ondas Fm) e blogger; foi funcionário da OEA – Organização dos Estados Americanos.
As opiniões do autor não reflectem necessariamente a posição do ContraCultura.
Relacionados
12 Dez 24
Um pausa para pensar.
A Covid-19 alterou a vida e a psique do ser humano. Com resultados devastadores. Mas continuamos à espera que os criminosos sejam levados à justiça. Uma crónica de Walter Biancardine.
10 Dez 24
ONU: Um abrigo de parasitas.
Além de impor interesses poderosos e de abrigar parasitas, a ONU de nada serve. Não evita guerras, não salva pessoas, não melhora vidas: tudo se resume à propaganda, à divulgação de ameaças mentirosas e ao estupro das soberanias. Uma crónica de Walter Biancardine.
10 Dez 24
O estranho caso do executivo assassinado ou como até as elites populistas cegaram para a realidade.
O público americano celebro na internet o assassinato do executivo de uma seguradora de saúde. A direita populista qualificou o episódio como uma manifestação da esquerda. Mas o fenómeno transcende a ideologia.
9 Dez 24
Um cenário dantesco.
Para onde quer que apontem os vectores cardeais, encontramos a guerra e a instabilidade política. A paisagem planetária está carregada de electricidade. E a mãe de todas as tempestades pode explodir a qualquer momento.
5 Dez 24
CPAC Argentina: A liberdade ainda vive nas américas.
Manter o que sempre deu certo, melhorar o que precisa de ser melhorado: Eis o conservadorismo. E nas Américas, há uma organização que o defende sem reticências. Os conservadores europeus deviam seguir o exemplo. Uma crónica de Walter Biancardine.
4 Dez 24
O perigo iminente de um homem que não tem nada a perder.
Derrotado em todas as frentes, Joe Biden já não tem nada a perder. E é isso precisamente que transforma os últimos 45 dias do seu mandato num momento extremamente perigoso para a humanidade. Uma crónica de Afonso Belisário.