O novo líder da maioria no Senado, John Thune (R-SD), está a sugerir que os legisladores ‘republicanos apenas em nome’ (RINOs) na câmara alta provavelmente tentarão bloquear a confirmação de nomeados de alto perfil da futura administração Trump, como Matt Gaetz e Robert F. Kennedy Jr.
Falando com Bret Baier na quinta-feira, Thune – que pressionou para que Trump desistisse da eleição de 2016 em favor de Mike Pence – disse:
“Nada disto vai ser fácil”.
Embora afirme que “o Presidente Trump teve um enorme mandato do povo americano” e que acredita “que se deve obedecer a um presidente quando se trata das pessoas que ele quer no seu Gabinete”, Thune sublinhou:
“obviamente há um processo pelo qual escrutinamos todos estes nomeados e descobrimos se são ou não qualificados e se são pessoas aptas para ocupar estes cargos”.
O líder da nova maioria republicana no Senado, que não existiria sem Donald Trump, afirmou ainda que um relatório ético sobre Gaetz, nomeado para o cargo de Procurador-Geral, acabará provavelmente por ser “divulgado”.
A senadora Susan Collins (R-ME) manifestou-se chocada com a nomeação de Gaetz por Trump, e a senadora Lisa Murkowski (R-AK) disse que o Senado deve dar “aconselhamento e consentimento” aos nomeados do Presidente eleito.
Antes de Thune ter sido selecionado para substituir o senador Mitch McConnell como líder da maioria no Senado, Trump avisou:
“Qualquer senador republicano que procure a cobiçada posição de liderança no Senado dos Estados Unidos tem de concordar com as nomeações de recesso… sem as quais não conseguiremos que as pessoas sejam confirmadas em tempo útil”.
Trump referiu ainda a este propósito que os seus nomeados foram muitas vezes retidos durante anos no seu primeiro mandato.
Embora um ‘recesso’ possa permitir a Trump contornar o processo de confirmação do Senado, Thune afirmou que os republicanos que pretendem bloquear certas escolhas também podem impedir esse interregno:
“É preciso que todos os republicanos votem a favor do recesso também. Por isso, os mesmos republicanos que podem ter problemas em votar a favor de alguém sob ordem regular, provavelmente também têm problemas em votar para colocar o Senado em recesso”.
A cláusula de nomeações diz que, quando o Senado está em ‘recesso’, o presidente pode fazer nomear quem quiser sem o processo de aprovação ou veto normalmente feito pela câmara alta do Congresso.
Relacionados
11 Dez 24
Seis em cada dez franceses querem que Macron se demita após o colapso do governo.
Uma sondagem divulgada na quinta-feira passada revelou que 59% dos franceses querem que o Presidente Emmanuel Macron se demita do cargo. Mas o homem prefere levar a França à ruína a levantar o rabo da cadeira do poder.
11 Dez 24
“Parem este terrorista!” Governo dos EUA ofereceu em 2017 dez milhões de dólares pela captura do novo líder da Síria.
O novo líder da Síria, Abu Mohammad al-Julani, e a sua organização terrorista, já foram inimigos terríveis do Ocidente. Agora são bons amigos, financiados por americanos, turcos e britânicos. Tudo permite, a russofobia.
10 Dez 24
De mal a pior: Trump escolhe para director da NASA um democrata woke.
Trump escolheu para a direcção da agência espacial norte-americana um liberal woke, fanático da diversidade e generoso em doações ao Partido Democrata. Musk deve ter metido a cunha, para ter um amigo como o seu principal cliente. Mas a nomeação é aberrante.
9 Dez 24
‘Democracia’ romena cancela eleições presidenciais porque um populista estava prestes a ganhá-las.
O Tribunal Constitucional da Roménia cancelou as eleições presidenciais poucos dias antes da votação prevista, alegando que uma campanha de interferência russa é a razão pela qual um candidato populista era o favorito para vencer a corrida.
9 Dez 24
Síria: Regime de al-Assad cai, terroristas da Al-Qaeda apoiados pela CIA tomam o poder.
O regime sírio de Bashar al-Assad caíu. No Kremlin, o embaraço é imenso. Em Washington, as mesmas forças que apoiaram os rebeldes jihadistas vão agora começar a enumerar motivos para lhes fazerem a guerra.
6 Dez 24
Alemanha: Partidos de esquerda querem facilitar rusgas e acções judiciais contra cidadãos que “insultam” políticos.
Os partidos de extrema-esquerda SPD e Verdes, da coligação no poder, querem tornar muito mais fácil para a polícia fazer rusgas e processar os alemães que “insultam” os políticos. E quem não concorda com esta iniciativa leninista é de extrema-direita.