Desde 2015 que Donald J. Trump tem sido submetido a um tratamento ignominioso pelos poderes instituídos em Washington, em Seatle, em Nova Iorque, em Bruxelas, em Davos, em Londres, em Paris e em Berlim, ou seja, em todos os centros do poder político e económico no Ocidente.

O que começou com difamação, acabou com tentativas de assassinato. No entretanto, o homem foi sujeito a uma processo de perseguição judicial que vai ficar para a história como um escandaloso e aberrante exemplo da falência da separação de poderes em democracia e de instrumentalização totalitária dos tribunais. A um dado momento, esteve muito perto de ser condenado e preso. Depois, viu a morte de frente, escapando por milagre a um tiro certeiro.

Vilipendiado, perseguido, atingido, castigado pela batota de 2020 e pelo ódio das elites liberais-leninistas, este homem de 78 anos sobreviveu, resistiu, lutou e, contra tudo e contra todos, acabou por triunfar hoje de madrugada, no momento em que soube que vencera no estado da Pensilvânia.

E tudo indica que, somando aos 312 votos do colégio eleitoral as prováveis maiorias nas duas câmaras do Capitólio, a sua vitória será não só inequívoca como promotora de um mandato livre de grandes constrangimentos institucionais, embora a burocracia federal, não eleita, as agências de segurança e inteligência e o Pentágono tudo farão para contrariar a sua agenda.

O resultado destas eleições, mais que histórico, é redentor. E não só para o magnata de Queens. Todos aqueles que deste lado do mundo têm lutado pela liberdade, pela dignidade humana, pelos valores da civilização cristã, encontraram hoje uma luz de esperança, no fim de um túnel que tem estado mergulhado nas trevas há já largos e dolorosos anos.

Como já referi, Trump não vai fazer milagres; é na verdade um liberal de Nova Iorque, com todos os defeitos que são implícitos a qualquer magnata norte-americano. Wall Street está contente, o que diz muito sobre certas preocupações que devemos alimentar em relação ao próximo mandato presidencial. A felicidade dos gestores de fundos nunca é bom sinal para as massas.

 

 

Ainda assim, o 47º Presidente poderá rapidamente resolver problemas internos e externos aos EUA, como a fronteira com o México, a guerra na Ucrânia e a crise energética. Mas acima de tudo, a sua presidência irá salvaguardar direitos inalienáveis como a liberdade de expressão, bem como o respeito por valores morais intemporais e pelas religiões cristãs.

Mais a mais, Donald Trump escolheu bem o seu vice-presidente: J.D. Vance é um político com um futuro brilhante, que pode muito bem construir um legado populista nos EUA, abrindo novas expectativas sobre o futuro da federação.

Outro elementos que estarão próximos da sua administração, como Tucker Carlson, Robert F. Kennedy e Elon Musk, vão garantir uma liderança focada nos interesses objectivos dos americanos, na paz, no combate aos interesses dos conglomerados industriais militares e farmacêuticos e no emagrecimento do governo federal. Neste sentido, o mandato será inevitavelmente uma dor de cabeça para as facções globalistas no Ocidente, incomodando deveras detestáveis figuras como von der Leyen, Trudeau, Scholz, Macron, Starmer e outros tiranos desta execrável estirpe.

A vitória de hoje é também uma derrota da imprensa corporativa, que apresenta agora sinais óbvios de rigor mortis. Temos finalmente evidências sólidas que a maior parte dos americanos desligou o cabo que os condicionava às narrativas regimentais, e na Europa começa também a ser claro que milhões de consumidores de informação estão a abandonar a propaganda dos poderes instituídos.

O mesmo podemos dizer da influência das elites relacionadas com a cultura popular. Actores de Hollywood, comediantes de primetime, intelectuais do mainstream, activistas das academias, todos eles estão em falência técnica. Já não convencem como convenciam. Já não vendem como vendiam. Já não enganam como enganaram.

Os americanos estão hoje mais despertos, mais atentos, e são receptivos como nunca a meios alternativos de informação e debate. A narrativas dissidentes. O seu espectro mediático foi aberto e dificilmente será fechado. Esperamos que o mesmo aconteça na Europa, a curto prazo.

Ganhámos um bocadinho de esperança, hoje. E dados os luciferinos tempos que correm, isto não é dizer pouco.

 

Paulo Hasse Paixão
Publisher . ContraCultura