Numa biografia que foi lançada pouco antes das eleições, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, toma abertamente partido do procurador especial do regime Biden, Jack Smith, e manifesta a sua esperança de que o antigo presidente Donald J. Trump “pague o preço” pelo seu alegado papel nos eventos de 6 de Janeiro de 2021. As declarações de McConnell ao jornalista Michael Tackett a propósito do livro The Price of Power reflectem reflectem a antipatia do homem de 82 anos por Trump, apesar da sua filiação partidária comum. E a profunda divisão entre a facção populista e neo-conservadora que grassa nas cúpulas, que não nas bases, do Partido Republicano.

O apoio de McConnell à campanha de perseguição judicial contra o líder do movimento MAGA revela o quão amargo é o seu ressentimento. Na entrevista, o líder republicano no senado afirma:

“Se ele não cometeu crimes passíveis de acusação, não sei o que é um crime (…) Não há dúvida de quem inspirou [o 6 de janeiro], e só espero que ele tenha de pagar um preço por isso”.

O livro também revela que McConnell considerou seriamente votar para condenar Trump durante o segundo processo de impeachment do Presidente.

Outros trechos do livro revelam que McConnell acha que Trump é “um ser humano desprezível” e que o senador “chorou baixinho” enquanto se dirigia aos funcionários após o 6 de Janeiro.

Coitadinho do crocodilo.

Apesar das suas declarações públicas e críticas privadas, McConnell endossou Trump para Presidente em Março de 2024, afirmando de forma passiva-agressiva:

“Tudo o que eu possa ter dito sobre o presidente Trump empalidece em comparação com o que JD Vance, Lindsey Graham e outros disseram sobre ele, mas estamos todos na mesma equipa, agora.”

É claro que não, não estão todos na mesma equipa. McConnell faz parte da organização criminosa dos poderes estabelecidos em Washington. Trump, mesmo com todos os seus defeitos, será sempre um outsider e será sempre incontrolável por esse sindicato mafioso.