Donald J. Trump afirmou recentemente que os Estados Unidos devem adoptar uma abordagem cautelosa em relação ao Irão e não se envolverem excessivamente em quaisquer tentativas de mudar à força o governo do país.
Em conversa com o podcaster Patrick Bet-David a 17 de Outubro, Trump foi questionado sobre se o governo dos EUA deveria apoiar os esforços para restaurar a família do falecido Xá, Mohammad Reza Pahlavi, ao poder, respondendo assim:
“Não podemos envolver-nos completamente em tudo isso. Nós nem conseguimos governar-nos a nós próprios, sejamos realistas.”
Durante a discussão, Trump abordou o acordo nuclear com o Irão, que terminou durante a sua presidência. Ele também abordou as sanções impostas ao Irão e a natureza das interacções da sua administração com o país islâmico. Apesar da sua posição contra a capacidade nuclear do Irão, Trump manifestou o desejo de que a nação prospere, afirmando:
“Gostaria de ver o Irão ser muito bem sucedido. O único senão é que eles não podem ter uma arma nuclear”.
O regime de sanções contra o Irão, instituído pelo então Presidente Trump em 2019, prejudicou a capacidade da República Islâmica de vender petróleo no estrangeiro e financiar os seus representantes terroristas em todo o Médio Oriente. Em vez de atingir apenas os exportadores iranianos, as sanções de Trump também visavam outros países que compravam o petróleo ao regimo dos aiatolás.
O Irão passou de uma exportação diária de cerca de 1,8 milhões de barris de petróleo bruto em 2017 para um mínimo histórico de menos de 500.000 barris por dia em 2020. Além disso, as sanções de Trump cortaram o GPD do Irão pela metade, entre 2017 e 2020, caindo de 500 biliões de dólares para apenas 240 biliões.
No entanto, após a eleição de 2020, o governo Biden-Harris removeu muitas das sanções de Trump, permitindo uma recuperação da economia iraniana e o financiamento das suas actividades nefastas no Médio Oriente.
Actualmente, o Irão exporta cerca de 1,5 milhões de barris de petróleo por dia, e o seu PIB recuperou para 413 biliões de dólares em 2022.
As afirmações de Trump são de louvar, e é bem verdade que os Estados Unidos deviam estar mais preocupados com os seus próprios problemas, em vez de tentarem resolver os problemas dos outros, mas considerando a actual situação no Médio Oriente, o programa bélico de Benajmin Nethanyau e o peso que os grupos de pressão sionistas têm na sua campanha e terão certamente na sua administração, é legítimo projectar que as suas palavras poderão a qualquer momento volatilizar-se, caso seja eleito.
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