A 30 de Setembro, o ContraCultura publicou um artigo sobre o facto de ocorrer uma violação por hora em Londres. Nesse texto lamentávamos a ausência de dados sobre a incidência da criminalidade entre a população imigrante no Reino Unido.

Nem de propósito, essa informação foi agora tornada pública.

Uma análise realizada pelo The Telegraph, revelou que a taxa de encarceramento mais elevada de todas as origens migrantes na Grã-Bretanha é a dos albaneses, que atinge 232,33 por cada 10.000, ou seja, aproximadamente 2% da sua população no Reino Unido. A taxa de encarceramento entre os cidadãos britânicos é comparativamente muito mais baixa, de 1,43 por 10.000, enquanto a taxa de encarceramento entre os americanos na Grã-Bretanha é de apenas 0,7 por 10.000.

Entre outras nacionalidades com baixas taxas de infracção contam-se os alemães, os italianos e os indianos.

 

 

A análise, baseada em números do Ministério da Justiça (MOJ) comparados com os dados oficiais do censo, provavelmente subestima a população albanesa devido a migrantes ilegais não contados, incluindo mais de 12.000 que atravessaram o Canal da Mancha em pequenos barcos, só no ano de 2022. A seguir aos albaneses, os kosovares – a maioria dos quais são etnicamente albaneses – têm a segunda maior taxa de encarceramento, com 150,23 por 10.000.

Vietnamitas, argelinos, jamaicanos, eritreus, iraquianos, iranianos, somalis e sudaneses também estão no topo da lista, com todas estas nacionalidades a terem mais de um por cento da sua população residente na prisão.

Para colocar estes números em perspectiva, se a taxa de criminalidade de população total do Reino Unido fosse igual à dos albaneses, o país teria uma população prisional de mais de 1.5 milhões de pessoas. Na realidade, o total de detidos no sistema prisional do Reino Unido não chega aos 100.000.

Os afegãos e os sírios – autorizados a entrar na Grã-Bretanha em números substanciais após a tomada do Afeganistão pelos talibãs e os anos de guerra na Síria – também têm uma probabilidade significativamente maior de serem presos do que os cidadãos britânicos, com taxas de encarceramento de 6,79 por 10.000 e 3,28 por 10.000, respectivamente. No entanto, os ucranianos têm uma taxa de encarceramento inferior à dos britânicos, com 1,28 por cada 10.000 pessoas presas. A taxa de encarceramento russa é semelhante, com 1.23 por 10.000.

A propósito desta análise e da recusa do governo britânico em fornecer mais dados, o legislador conservador Neil O’Brien observou:

“O debate sobre a migração é dificultado pela falta de dados que o Governo poderia facilmente publicar, mas opta por não o fazer. O Ministério do Interior conhece o estatuto de imigração dos prisioneiros e sabe se estão cá legal ou ilegalmente, mas não o publica. Conhece o historial de delitos dos cidadãos estrangeiros nas nossas prisões e se estão a cometer vários delitos, mas não o publica. É vergonhoso que o Governo se recuse a publicar a informação que detém sobre este assunto e que deveria estar disponível ao público para que um debate informado seja possível.”

Seja como for,  a partir deste estudo estatístico do Telegraph já podemos chegar à conclusão que os imigrantes no Reino Unido cometem, comparativamente, muito mais crimes que os britânicos nativos.