A Junta Eleitoral do Estado da Carolina do Norte retirou 747.000 indivíduos dos seus cadernos eleitorais nos últimos 20 meses, alegando inelegibilidade. As pessoas eliminadas das listas de registo incluem mais de 30.000 indivíduos que se mudaram para outros estados, quase 190.000 pessoas falecidas, 289.000 registos duplicados e um punhado de pessoas que solicitaram pessoalmente a eliminação das listas.

Esta purga dos cadernos eleitorais surge na sequência de uma recente acção judicial intentada pelo Partido Republicano da Carolina do Norte, que alegou a presença de eleitores inelegíveis nos cadernos eleitorais do Estado. A acção judicial também alegou que os formulários de registo eleitoral no condado de Wake não exigiam informações obrigatórias, como os números da carta de condução ou da Segurança Social. No processo podemos ler:

“Ao não recolher certas informações exigidas por lei antes de registar estes candidatos para votar, os arguidos puseram em risco a integridade das eleições do estado”.

O papel da Carolina do Norte como um estado potencialmente decisivo na eleição presidencial de 2024 adiciona ainda mais importância à manutenção e precisão dos seus cadenros eleitorais. No início deste ano, uma investigação federal encontrou numerosos não-cidadãos registados para votar neste estado, com várias dezenas a serem acusados de terem votado ilegalmente em eleições anteriores.

O resultado das eleições presidenciais de 2020 na Carolina do Norte foi decidido por menos de 100.000 votos, a favor de Joe Biden.

A preocupação com os eleitores não-cidadãos tornou-se uma das principais preocupações dos legisladores republicanos e dos grupos de vigilância eleitoral. Dados recentes mostram que um número estatisticamente significativo de não cidadãos poderá participar nas eleições federais, prejudicando a integridade dos resultados.

Como o Contra já noticiou, estrangeiros ilegais e outros “não-cidadãos” que se encontrem nos EUA podem receber formulários de registo eleitoral sem necessidade de apresentar prova de cidadania em pelo menos 49 estados da federação americana.

Organizações conservadoras têm tentado recorrer aos tribunais para obrigar os estados ‘azuis’ a actualizar os cadernos eleitorais, mas os democratas no poder e o aparelho judicial que os serve, recusam-se a fazê-lo. No estado do Michigan, por exemplo, os cadernos eleitorais contabilizam 26.000 eleitores mortos e 92.000 eleitores inactivos, mas ainda assim os cadernos eleitorais não serão actualizados a tempo das presidenciais deste ano.

Paralelamente, o número de pessoas que se registam para votar sem um documento de identificação válido com fotografia está a aumentar em três estados críticos para a eleição de 2024, alimentando novas preocupações sobre a integridade eleitoral nos EUA.

Em Maio, foram divulgadas duas auditorias às eleições presidenciais de 2020, com conclusões que comprovam que Joe Biden não foi legitimamente eleito.

A Rasmussen Reports entrevistou 2.466 prováveis eleitores dos EUA, dos quais 222 declararam não ser cidadãos. Destes, 97% afirmaram ter votado para as presidenciais de 2020. Os não cidadãos votam no Partido Democrata na proporção de 3 para 1.

Além disso, uma investigação recente revelou que quase um milhão de pessoas falecidas ainda constam dos cadernos eleitorais de Porto Rico – um território dos EUA nas Caraíbas. Nas eleições gerais de 2020, foram expressos 1.287.745 votos no território, com a margem de vitória do vencedor, Pedro Pierluisi, a rondar os 19.000 votos.