O Partido da Liberdade (FPOe), de perfil populista, venceu as legislativas na Áustria, obtendo o maior sucesso eleitoral da sua história no domingo, 29 de Setembro, com quase um terço dos eleitores a legitimar as suas políticas anti-migração e de “remigração”. O FPOe obteve 29,2% dos votos nacionais, batendo o seu anterior recorde de 26,9% em 1999, quando o partido entrou num governo de coligação como parceiro minoritário do Partido Popular Austríaco (OeVP), de centro-direita.
Herbert Kickl, líder do FPOe e um aliado do húngaro Viktor Orbán na União Europeia (UE), concorreu com uma plataforma anti-migração e apoiou o conceito de “remigração”, que poderá resultar em deportações em grande escala de estrangeiros ilegais e, possivelmente, incentivos para que os imigrantes regressem aos seus países de origem.
“Estes invasores querem fazer-nos mal, pôr em perigo a nossa segurança e a nossa prosperidade”, disse Kickl durante a campanha eleitoral, apelando à ‘Fortaleza Áustria’.
A FPOe tornou-se muito popular entre os jovens, alcançando o primeiro lugar entre os eleitores com menos de 34 anos e ganhando 37% dos votos entre os que têm menos de 59 anos.
Apesar de ter ganho as eleições, Kickl e o seu partido terão de formar um governo de coligação com outro partido para obter a maioria no parlamento austríaco. Mas ao contrário do que se passa na Alemanha, em França e em Portugal, onde as forças política globalistas e de extrema-esquerda se unem para impedir o acesso ao poder dos populistas, não existe um ‘cordão sanitário’ contra o FPOe e há uma perspectiva realista de que o partido possa formar um governo com o OeVP, de centro-direita, o segundo mais votado.
O OeVP já formou várias coligações com o FPOe. No entanto, era o parceiro maioritário nessas coligações e não é claro se aceitará agora um papel secundário numa nova e eventual aliança com os populistas.
Os sociais-democratas, os Verdes e o grupo liberal NEOS excluíram a possibilidade de trabalhar com o FPOe, claro.
Austria national parliament election today:
Final seat count:
FPÖ-PfE: 56 (+25)
ÖVP-EPP: 52 (-19)
SPÖ-S&D: 41 (+1)
NEOS-RE: 18 (+3)
GRÜNE-G/EFA: 16 (-10)
+/- vs. last election➤ https://t.co/7wdXPVoSYN#nrw24 pic.twitter.com/ozr0mhIY6F
— Europe Elects (@EuropeElects) September 29, 2024
Relacionados
3 Out 24
Hillary Clinton quer que os americanos que difundem “propaganda” pró-Trump sejam “acusados criminalmente”.
Hillary Clinton, Kamala Harris e Tim Walz não têm qualquer problema em assumir a sua alergia em relação à Primeira Emenda, típica dos liberal-leninistas: Quem não concorda com eles, é criminoso. E isso é que é democracia.
1 Out 24
17% dos democratas pensam que os EUA estariam melhor se Trump tivesse sido morto. 14% hesitam.
Uma nova sondagem revelou que não faltam democratas a torcer pelo assassinato de Trump e que apenas 48% concordam que seria negativo para o seu país se um candidato presidencial, que recolhe metade das intenções de voto dos americanos, fosse assassinado.
30 Set 24
Conversas no D. Carlos:
As Elites Políticas e a Representatividade do Povo.
No segundo momento das 'Conversas no D. Carlos', o Professor José Bento da Silva dissertou sobre o desfasamento contemporâneo entre a agenda das elites e os reais interesses das massas, numa luminosa lição de história, economia e ciência política.
30 Set 24
Fuga de informação: Serviços Secretos não conseguem impedir mais tentativas de assassinato contra Trump.
Numa clara tentativa de normalizar os atentados à vida de Donald Trump, uma 'fuga de informação' oriunda de serviços de inteligência norte-americanos e britânicos afirma que os serviços secretos são agora incapazes de proteger o ex-presidente.
23 Set 24
Congressista Matt Gaetz afirma que há 5 grupos terroristas nos EUA com a missão de assassinar Donald Trump.
Pelos vistos, há muita gente nos EUA com a intenção de assassinar Trump. Mas ninguém parece muito preocupado com isso. E se não é surpreendente que o regime Biden facilite a vida aos terroristas, é no mínimo estranho que até os republicanos convivam passivamente com a ameaça.
23 Set 24
Manual totalitário: ONU aprova ‘Pacto para o Futuro’, ameaçando as soberanias nacionais com agenda globalista.
Em concurso com as mafias sediadas em Davos, Bruxelas e Washington para o título de organização criminosa do ano, a ONU aprovou o 'Pacto para o Futuro', um manual de normas para a tirania global que, se tudo correr bem, será esquecido amanhã de manhã.