O X, de Elon Musk, foi proibido no Brasil, depois de se recusar a cumprir um prazo de 24 horas para nomear um representante legal no país, marcando uma intensificação na disputa do bilionário com o juiz Artur de Moraes, em particular, e da perseguição às plataformas que promovem o livre discurso em geral.

 

 

A rede social afirmou numa publicação no X, na quinta-feira:

Em breve, esperamos que o Ministro Alexandre de Moraes ordene o bloqueio do X no Brasil – simplesmente porque não cumprimos as suas ordens ilegais para censurar os seus opositores políticos. Entre esses inimigos estão um Senador devidamente eleito e uma jovem de 16 anos, entre outros.”

 

 

Na quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal partilhou uma ordem do juiz Alexandre de Moraes que exigia que a empresa nomeasse um representante legal no país, caso contrário a plataforma seria encerrada.

O X fechou seu escritório no Brasil na semana passada, afirmando que havia recebido uma “ordem secreta” de Moraes insistindo que a plataforma suprimisse certas contas ou o seu representante legal no país enfrentaria uma multa ou prisão. Na quinta-feira, o X informou que, após a demissão da sua representante legal, Alexandre de Moraes congelou as contas bancárias da empresa.

Ou seja: O X foi interdito no Brasil por não ter um representante legal, que caso existisse Moraes iria por certo encarcerar. Se o estratagema fosse mais vil, rebentava.

No comunicado, a plataforma de Elon Musk afirmou:

“As nossas contestações às suas acções manifestamente ilegais foram rejeitadas ou ignoradas. Nos próximos dias, publicaremos todas as exigências ilegais do juiz de Moraes e todos os processos judiciais relacionados, no interesse da transparência.”

Musk, um declarado defensor da liberdade de expressão, tem repetidamente entrado em conflito com Alexandre de Moraes e os seus pedidos de censura e suspensão de contas por motivos políticos. O juiz argumentou que as medidas fazem parte da sua luta para proteger a democracia da ‘desinformação’ e de ‘conteúdos odiosos’, mas a verdade é que todos os que publicam seja o que for em desacordo com o que Moraes considera ser aceitável estão, na sua opinião, a ‘desinformar’ e a criar ‘conteúdos odiosos’.

Na quarta-feira, Musk partilhou uma fotografia de Moraes atrás das grades, que parecia ter sido gerada por inteligência artificial, com a legenda:

“Um dia, @Alexandre, esta tua foto na prisão vai ser real. Marca as minhas palavras”.

 

 

Noutro post,, escreveu :

“O Brasil é controlado por um tirano mascarado de juiz.”

Musk já havia pedido que Moraes renunciasse ou fosse destituído, recebendo uma rápida repreensão de grande parte do establishment político brasileiro.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva tem procurado repetidamente classificar Musk como um bilionário alienado e o actual presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, disse ao Financial Times em Maio:

“Há claramente uma articulação de extrema-direita no mundo. Algumas pessoas invocam a liberdade de expressão quando, na verdade, estão defendendo um modelo de negócios baseado no ódio, no sensacionalismo e nas teorias da conspiração.”

O que há, claramente, é uma articulação globalista-leninista no mundo, que invoca a salvação da democracia para instaurar a ditadura.

Entretanto, o Juíz Moraes fez questão de um requinte de crueldade, prometendo penalizar aqueles que usem aplicações VPN para aceder ao X:

 

 

Acresce que na quinta-feira, a Starlink, a rede de satélites de Musk, informou que havia recebido uma ordem de Moraes que congelava as suas contas bancárias e impedia a empresa de realizar transações financeiras no Brasil. A imprensa local noticiou que a decisão de bloquear as contas da Starlink no Brasil foi parte de uma tentativa de cobrar multas aplicadas à X por não ter cumprido ordens judiciais, mas as empresas são entidades completamente diferentes e independentes uma da outra, com corpos accionistas também diversos, e esta acção só é possível porque o Brasil já não é um estado de direito mas uma tirania judicial.

Estes acontecimentos ocorrem num contexto do ataque cerrado à liberdade de expressão no Ocidente, e poucos dias depois do fundador do Telegram, Pavel Durov, outro director executivo de uma plataforma que optou por privilegiar o livre discurso, a privacidade dos seus utilizadores e uma abordagem de moderação sem intervenção, ter sido detido e enfrentado acusações preliminares em França.

Esta é mais uma batalha ganha pelas elites liberal-leninistas, sem que as massas se dignem a reagir. E se os europeus e os americanos acham que este avanço vai ficar pelo Brasil, não podem estar mais enganados.

 

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