Para além da feroz oposição do regime, e dos aparelhos mediáticos, judiciais e corporativos alemães, o Alternativa para a Alemanha (AfD) continua a ser alvo da violência dos radicais de extrema-esquerda, que actuam impunemente, mas também de discriminação por parte da Igreja Católica, enfrentado uma frente unificada, contra-natura, feita de padres e antifas, políticos e banqueiros, juízes e ‘jornalistas’.

Alguma coisa devem estar a fazer bem feito, para serem assim perseguidos por esta união profana.

 

Ataque incendiário contra a empresa de um político do AfD provoca um enorme incêndio.

Os serviços de segurança do Estado alemão estão a investigar um ataque incendiário contra a empresa de mudanças de um político do AfD, no distrito de Schkopau, em Saale, tendo cinco dos seus seis camiões sido completamente incendiados.

A empresa de mudanças de Hohenweiden, propriedade de Sven Ebert, já foi alvo de ataques no passado, incluindo por supostos grupos Antifa que atacaram a sua empresa com tinta.

O ataque provocou um incêndio tão intenso que as chamas puderam ser vistas até 10 quilómetros de distância, em Halle an der Saale. Os danos resultantes estão estimados em várias centenas de milhares de euros. A polícia está a investigar “uma possível motivação política”.

Possível?

Ebert tem oito filiais da sua empresa de mudanças na Alemanha, mas os camiões visados representavam quase toda a frota da empresa no norte do país. A empresa planeia continuar a operar com veículos de aluguer.

Ebert, que é membro do conselho local da AfD em Schkopau e faz parte do conselho distrital de Saalekreis, é actualmente objecto de um processo judicial por alegadamente ter atacado duas jovens na primavera de 2021, depois de as raparigas terem pintado com tinta os cartazes eleitorais da AfD. Ebert terá arrancado um telemóvel das mãos de uma das raparigas e expulsou-as do local. Um tribunal distrital de Halle condenou-o a seis meses de prisão por ofensas corporais perigosas, mas Ebert está a recorrer da sentença para o Tribunal Regional Superior de Naumburg.

Este ataque incendiário contra um político da AfD está longe de ser o primeiro. Em várias ocasiões, os políticos da AfD viram os seus veículos pessoais serem alvo de fogo posto, incluindo  à porta das suas casas. De acordo com documentos oficiais do Ministério do Interior, os políticos e apoiantes da AfD são mais visados por actos violentos do que qualquer outro partido na Alemanha.

 

Automóvel de populista que sobreviveu a tentativa de assassinato foi incendiado em Bremen.

A polícia da cidade alemã de Bremen afirmou que suspeitos desconhecidos incendiaram um veículo pertencente a um ex-legislador populista que quase foi assassinado em 2019. Na madrugada de quinta-feira, 8 de Agosto, um Volkswagen foi incendiado num parque de estacionamento público da cidade. Os bombeiros conseguiram conter o fogo antes que este pudesse incendiar um edifício de apartamentos nas proximidades.

O veículo pertence a Frank Magnitz, antigo membro do parlamento alemão pelo Alternativa para a Alemanha. A polícia diz que está a investigar um possível motivo político para o ataque.

Possível?

Em 2019, Magnitz foi selvaticamente espancado, quase até à morte, enquanto caminhava por uma rua em Bremen, depois de sair de um teatro local. Os militantes da Antifa assumiram a autoria do ataque numa plataforma associada ao extremismo de extrema-esquerda. No entanto, não foram efectuadas quaisquer detenções, nem foram identificados quaisquer suspeitos no caso.

O ataque coincidiu com agressões semelhantes levadas a cabo pelo infame grupo Hammerbande (Gang do Martelo), alinhado com a Antifa. O Gang do Martelo aterroriza os opositores políticos, espancando-os com martelos.

No ano passado, os membros do Hammerbande deslocaram-se a Budapeste, na Hungria, onde atacaram populistas e transeuntes ao acaso, num tumulto que percorreu toda a cidade. Uma cidadã italiana ligada ao bando foi detida pela polícia húngara, mas mais tarde foi eleita deputada do Parlamento Europeu, o que lhe conferiu imunidade face a acções penais.

Os membros da Antifa participam regularmente em ataques violentos contra políticos da AfD, embora os meios de comunicação social continuem a demonizar os membros deste partido como extremistas domésticos, com o poder político a tentar banir totalmente o partido.

Em 2019, os extremistas da Antifa ameaçaram assassinar uma deputada da AfD, indicando mesmo a data exacta em que a matariam.

Um debate político transmitido pela televisão no mesmo ano mostrou esquerdistas alemães na plateia aplaudindo ameaças de morte feitas contra o partido populista alemão.

Os líderes do AfD são regularmente atingidos com fezes e o líder do partido em Augsburgo, Andreas Jurka, foi brutalmente espancado, tendo sido hospitalizado com dois olhos negros e uma perna partida no início de 2023.

Em Junho deste ano, um outro membro da Antifa atacou Heinrich Koch, mais um político da AfD, com uma faca, em Mannheim.

 

Deputado estadual do AfD é expulso da da sua paróquia local depois de se ter recusado a abandonar a sua filiação partidária.

Christoph Schaufert, que representa o Alternativa para a Alemanha no parlamento do Estado do Sarre foi demitido da direcção da sua paróquia local, apesar daqueles que o acusam de fidelidade ao AfD não terem encontrado quaisquer contradições entre os ensinamentos católicos e os seus discursos parlamentares.

Christoph Schaufert, deputadodo Alternativa para a Alemanha no parlamento do Estado do Sarre, é um católico romano devoto e tinha assento no conselho de administração da paróquia de St. Marien in Neunkirchen, como membro honorário eleito. Foi batizado na paróquia e está ligado à igreja desde então. Membro da CDU, de centro-direita, durante duas décadas, aderiu ao AfD em 2016 e foi posteriormente eleito como conselheiro local e depois como deputado estadual em 2022.

No entanto, uma minoria da congregação e alguns membros da direcção da paróquia opuseram-se à continuação do seu envolvimento na igreja devido à sua filiação na AfD e apresentaram uma queixa.

Os queixosos citaram uma declaração aprovada pela Conferência Episcopal Alemã na sua assembleia geral de Fevereiro, segundo a qual “o nacionalismo étnico e o cristianismo são incompatíveis”. A declaração referiu-se explicitamente ao AfD como um partido de “extrema-direita” e determinou que os membros de organizações que defendem uma tal ideologia política não podem ter lugar na Igreja Católica.

Será talvez assertivo recordar que a maior parte das nações europeias são resultado de processos de “nacionalismo étnico”, que foram invariavelmente retificados por bulas papais, entre as quais a mais familiar para os portugueses será a bula Manifestis Probatum, emitida pelo Papa Alexandre III, que declarou o Condado Portucalense independente do Reino de Leão, precisamente pelos esforços que D. Afonso Henriques e o “seu povo” desenvolveram para expulsar do extremo ocidental da Península Ibérica uma etnia indesejável: Os Sarracenos.

Mas voltando ao assunto em mãos, o Vigário Geral Ulrich von Plettenberg revelou ter falado com Schaufert sobre a queixa e, uma vez que o legislador se recusou a abdicar da sua fidelidade política ao AfD, decidiu aprovar a remoção do político da direcção do comité, afirmando posteriormente:

“Tomei a decisão de deferir o pedido da paróquia. Na minha opinião, precisamos de um esforço conjunto para manter a coesão no nosso país e protegê-lo das divisões populistas. Isto inclui boas políticas para todas as pessoas no nosso país, isto inclui a defesa do Estado de direito, e isto também inclui que nós, como igreja, façamos a nossa parte e expressemos claramente a nossa posição a favor da democracia, da liberdade e da preservação da dignidade humana”.

A melhor forma de desenvolver um “esforço conjunto para manter a coesão” na Alemanha é excluir aqueles que discordam das “boas políticas”. Orwell chegou à sacristia.

Em declarações à agência noticiosa Junge Freiheit, Schaufert manifestou o seu desapontamento com a decisão, afirmando que foi vítima de uma caça às bruxas, que não havia nada de que o pudessem acusar e que, quando desafiado a encontrar contradições com os ensinamentos católicos nos seus discursos parlamentares, o vigário-geral não tinha apresentado quaisquer exemplos.

Schaufert disse que reserva o direito de apresentar uma queixa formal sobre a sua expulsão da direcção do comité, tanto ao bispo local como através de um eventual recurso ao Dicastério para o Clero, em Roma. Boa sorte. Vai precisar dela.

O facto de convicções políticas dissidentes serem agora motivo para expulsão na Igreja Católica, que até comunistas e nazis abençoou na sua história de equívocos, é ilustrativo do estado lamentável em que se encontra a instituição, na Alemanha em particular, mas no Vaticano principalmente.